Libertadores: Levo fé no Atlético(MG), pela bola redonda que vem jogando. Tem bom goleiro (Vitor) , uma zaga segura, marca bem no meio e ataca com volúpia
Domingo cheio.
Tem a corrida de automóveis turbinados nas avenidas do Centro Administrativo, uma diversão de zumbidos e velocidade pra quem gosta. E muita azaração.
À tarde, no Barradão, a festança rubro-negra, conquistando de vera o título de Campeão Baiano de 2013, merecidamente, e levando pra Toca um troféu de 45 quilos, uma réplica (horrível) do Mercado Modelo, com o nome do veterano radialista José Athayde, homenageado. Coisas do ‘eterno’ presidente da FBF Ednaldo Rodrigues.
A torcida do Vitória deve comparecer em massa, até porque é mais um Vi x Ba decisivo e dentro da casa do Leão, com sabor de conquista e perspectiva de mais uma goleada histórica sobre o grande (?) rival. Data pra fazer história. Confirmando-se o resultado positivo, mais que provável, serão quatro vitórias seguidas em menos de 40 dias corridos, com goleadas e um show de superioridade. O torcedor rubro-negro anda em estado de graça. E não é para menos.
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Falo em conquista antecipada porque não vejo do outro lado, na equipe do Bahia, as mínimas condições de reverter o resultado, sequer de vencer a partida, com a bolinha de gude que vem jogando. Para tirar o título do rubronegro o tricolor teria de vencer com 5 gols de diferença. Aooonde?
Ora, o time, no meio da semana, não conseguiu fazer mais de um gol no desconhecido e fraco Luverdense do MT, levando sufoco, tropeçando na incompetência e com míseros mil espectadores nas arquibancadas, injuriados com o que presenciavam em campo e o que se passa fora dele, dentro do clube. A equipe está em frangalhos. Nervos à flor da pele, insegurança, nenhum jogo coletivo, jogadores desmotivados e o clube a viver momentos de uma crise sem precedentes.
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Saia ou caia
Marcelinho!
Para se ter uma idéia, o time não tem técnico, diretor de futebol, auxiliar técnico, diretor jurídico, diretor de marketing, todos desligados do clube nessa semana crítica, quando 14 atletas foram também dispensados.
E o mais sério, com repercussões nacionais: torcida, conselheiros, políticos, artistas... meia Bahia pede, exige a renúncia (ou a saída, na tora) do presidente do clube, o deputado Marcelinho Guimarães. A campanha ‘Fora Marcelinho’ toma corpo a cada dia e é assunto na mídia esportiva do país. Quiçá a pior crise do clube desde a sua fundação em 1931. Os torcedores mais politizados lideram uma campanha de ‘público zero’, até que o presidente renuncie, saia ou caia. Parece que o clube chegou ao fundão do poço, ao limite máximo suportável depois das goladas sofridas e humilhantes perante o rival. Ou o clube muda, se transforma, renasce... ou se acaba.
Marcelinho, apegado ao poder, manobra para tentar ficar até o final do mandato, em dezembro de 2014, prometendo dar a volta por cima. Chamou os chefes das maiores torcidas uniformizadas – a Bamor e a Povão – para uma conversa particular e acatou 9 das 14 reivindicações dos líderes; não cedeu a nenhum dos itens reivindicatórios que diziam respeito à perda de poderes. Então, para a grande maioria dos opositores, nada feito.
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‘Bahia da Torcida’
Comandado pelo publicitário e marqueteiro do governo estadual Sidônio Palmeira, foi lançado na sexta à noite, nas dependências da Arena Fonte Nova, o movimento “Bahia da Torcida”, reunindo a fatia mais conscientizada da grande nação tricolor, os chamados formadores de opinião. Cerca de três mil pessoas compareceram, bem gente do que tinha nas arquibancadas no jogo contra o Luverdense pela Copa do Brasil.
Lá foram discutidas várias formas de desestabilizar e tirar Marcelinho do comando. Têm ações na Justiça, já se pensa numa possível intervenção legal no clube e há até uma CPI proposta na Assembléia Legislativa para apurar o miserê, as chamadas ‘tenebrosas transações’ dentro do clube. No que isso vai dar, só Deus sabe. O Campeonato Nacional começa já, semana que entra. Já pensou o clima?
Tentando esvaziar o movimento, Marcelinho convocou a imprensa para uma coletiva (logo ele que não gosta de falar abertamente), no mesmo horário, lá no distante CT de Itinga, para, de fato, anunciar algumas mudanças administrativas e novas contratações:
- A do diretor de futebol profissional, Anderson Barros, que trabalhou mais recentemente no Botafogo do Rio e vem acompanhado do ex-atleta do Corínthians William, que será se braço direito e cuidará, ficará mais junto da equipe; foi anunciada também a contratação do treinador Cristóvão Borges, aquele mesmo que substituiu Ricardo Gomes no comando do Vasco da Gama do Rio, com relativo sucesso. Pra quem não sabe, Cristóvão é baiano, começou a carreira de atleta profissional no Bahia (final da década de 1970), atuando como meia atacante e sagrou-se bi-campeão baiano pelo clube. Era um jogador de boa técnica que chegou a vestir a camisa canarinho da seleção nacional algumas poucas vezes.
Sobre a possível renúncia, Marcelinho foi direto: ‘Nem cogito’!
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Para o clássico de domingo o Bahia vai ser dirigido em campo pelo preparador físico Eduardo Fontes, que já passou pelo Vitória e conhece cada cantinho do Barradão. Vai ser auxiliado pelo treinador das equipes de base Chiquinho de Assis. Não se sabe que equipe Eduardo Fontes vai por em campo, cheio de problemas:
Omar no gol, certamente. Madson na lateral direita ou Neto ? No miolo de zaga segue o ex-capitão, hoje execrado, Titi ? Ao lado de quem? Rafael Donato (deus nos acuda!) ; Na lateral esquerda vamos mesmo de Jussandro, não tem outro no momento. No meio campo, os desfalques do instável Fahel (expulso domingo passado e suspenso) e do bom e futuroso meia esquerda Talisca (convocado para a Seleção nacional sub-20). Toró, Feijão, Diones, Helder... Marquinhos. Na frente, Fernandão e... o ligeiro Adriano ou o lerdo Zé Roberto ?
Avaliando-se pelo que tem feito nos últimos jogos, não é uma equipe digna da camisa, um grupo que tenha condições de encarar o Vitória, que vem aceso, voando pra cima, no embalo da torcida e com a moral lá no alto.
O time rubronegro está escalado, treinado e motivado: Deola, Nino Paraíba, Gabriel, Vitor Ramos, Mansur; Michel, Cáceres, Cajá e Escudero; Maxi e Dinei. Eles já sabem o caminho, o jeito de atacar e golear o adversário, tramando em velocidade pelos lados do campo. Por ali têm feito a festa.
Sei que o Vitória vai com apetite de golear, tentar fazer mais de 7... pois sabe que é seu momento, os ventos sopram favoráveis, a nau adversária soçobra e quer fazer história. Leão não teme zebra.
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Paulistano
Em Santos, São Paulo, na Vila Belmiro, o Corínthians enfrenta o Santos, depois de ser desclassificado pelo Boca Juniors da Taça Libertadores da América, e decide o título paulista de 2013. No primeiro confronto o ‘Timão’ venceu por 2 x 1, na Capital. O time santista, em casa, pode virar o placar e se sagrar tetra campeão paulista, o que consagraria mais ainda o astro Neymar, que não vem jogando essa bola toda. Jogão de bola na Vila, promete.
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Libertadores
Dos clubes brasileiros na Copa ou Taça Libertadores da América restaram apenas dois para as disputas das quartas-de-final : o Fluminense do Rio, do artilheiro Fred, treinado pelo experimentado Abelão; e o Atlético, o Galo de Minas, de Ronaldinho Gaúcho, treinado pelo esperto Cuca, hoje e agora a melhor equipe de futebol do país.
Essa semana caíram o Palmeiras (que foi até longe demais com um time limitado), para o novato Tijuana do México; o Corínthians foi derrubado, diante de seu torcedor, pela tinhosa equipe do Boca Júniors da Argentina, bem auxiliada pelo árbitro paraguaio Amarilla (que odeia o Brasil); e o caríssimo time do Grêmio, treinado pelo empavonado Luxemburgo, que, jogando feio, perdeu para o Santa Fé da Colômbia, a despeito de uma atuação brilhante do goleiro Dida.
Levo fé no Atlético(MG), pela bola redonda que vem jogando. Tem bom goleiro (Vitor) , uma zaga segura, marca bem no meio e ataca com volúpia. Quando o Ronaldinho Gaúcho quer jogar e o Jô está inspirado... só dá o Galo. O Flu vai, ao seu estilo, aos trancos, como quem nada quer e querendo, copeiramente.
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Té domingo à noite... com os Campeões Estaduais definidos.