Na final da Euro, contra a defensiva Itália, a Espanha fez 15 primeiros minutos de um futebol exuberante. Domínio, ofensividade, chances... os donos da bola.

Aos 15', numa triangulação exata, rápida, pela direita, Fábregas foi ao fundo e bateu forte, à meia altura, para o baixinho David Silva testar de frente: 1 x 0.

Jogada básica de gol. Sabida por qualquer boleiro e executada com perfeição.
Já sem o zagueirão Chiellini, machucado, a Itália respirou e foi pra cima, buscar o empate.

Pirlo lampejou pelo meio, o ataque chutou, mas Casillas trabalhou bem. Os espanhóis, espertos, só tocando, no contragolpe, marcando na frente, tentando roubar uma bola perto da área adversária...
Lá e cá, jogo jogado.

Eis que, por volta dos 40', Xavi recebeu uma bola desmarcado, ele sempre desmarcado, e ... da intermediária enfiou... profundo e certeiro , leve e rasteiro, pelo meio da zaga, para a veloz penetração do lateral Alves, que finalizou bem : 2 x 0.

O fino do futebol, só isso.

Na etapa final, à Itália só restava atacar, abrindo-se. A Espanha não recuou, continuou cercando lá na frente, querendo a bola. Fábregas, rompendo, quase amplia, o árbitro não quis dar um pênalti claro em favor dos espanhóis e a Itália, já sem aparentar forças de reação, teve a infelicidade de ficar com um atleta a menos em campo, por lesão. Fatal !

Sem humilhar, sem forçar, jogando sério, aos 38', Xavi (ele, de novo) achou Torres enfiando numa brecha pelo miolo da zaga italiana e ... 3 x 0. Os 4 x 0 , gol de Mata, foi só uma cerejinha no bolo.

A Espanha é bi-Campeã da Europa. A Espanha é Campeã do Mundo de seleções e também de clubes, com o Barcelona de Messi.

É um futebol simples, bom de ver, envolvente...

A bola flui rápida, o jogo é coletivo, inteligente.

Os fundamentos ¿ Não deixar o adversário jogar, ter a bola o mais tempo possível e buscar o gol de forma inteligente, sem afobação, para não entregar a bola ao contragolpe.


No mais, aplicação, movimentação o tempo todo, o campo inteiro, brigando pela bola e soltando-a para o companheiro melhor colocado, girando a bola e trocando de posição em campo.

Xavi não erra, Casillas é um goleiraço, Fabregas arrebentou... todos na equipe sabem dominar e passar bem. Até o goleiro.

No lado italiano, um Pirlo classudo com a bola no chão e lá na frente o solitário gladiador Balotelli. Não foi uma boa noite italiana. Goleada !

Ora, parem de muxoxos... na Espanha se vem jogando o que há de melhor no futebol do mundo.
Simples.
Basta.

• zédejesusbarreto , 1 de julho, de Luanda