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Zé de Jesus Barrêto

SINAL VERMELHO PARA BAHIA E VITÓRIA NOS TORNEIOS

Times baianos precisam pontuar em seus campeonatos nacionais
05/06/2011 às 21:15

Foto: GP
Jogadores do Grêmio comemoram vitória contra o Bahia por 2x0
Na terceira rodada do Campeonato Brasileiro, séries A e B, e o sinal vermelho já acendeu nas bandas de Itinga e Canabrava, porque os representantes do nosso futebol, Bahia e Vitória, entram essa semana, ambos, na zona de rebaixamento, entre os últimos colocados das competições em disputa.

O Bahia, no domingo, levou 2 x 0 do Grêmio no estádio Olímpico, em Porto Alegre. Dos três jogos disputados o Bahia perdeu dois fora de casa (para América de MG e Grêmio) e empatou o único jogo disputado em Pituaçu ( 3 x 3 contra o Flamengo). Dos nove pontos em jogo o tricolor ganhou apenas um. Muito pouco para quem almeja ficar entre os 10 primeiros na final da competição.

Na Série B, o Vitória disputou também nove pontos e levou apenas três. Jogou duas partidas em casa, ganhou uma (a primeira, contra o Vila Nova de Goiás, 1 x 0) e perdeu outra, na sexta-feira passada, para o Guarani de Campinas (1 x 0); fora de casa levou 3 x 1 do Icasa no interior do Ceará. Não pode perder jogos e pontos dentro de casa, senão a ‘vaca vai pro brejo'.

Os torcedores de Bahia e Vitória começam a semana de cabeça inchada e não podem curtir com o rival nem contar vantagens. Ainda há tempo, claro, mas é bom abrir os olhos, já !

Lá no Olímpico

O Grêmio abriu o placar já aos cinco minutos, no primeiro ataque pela direita. O ala foi à linha de fundo e cruzou alto, o centroavante Viçosa entrou livre pela esquerda e cabeceou forte, de cara. Há meses a defesa tricolor sofre gols dessa mesma forma, o erro defensivo se repete a cada jogo, um problema de posicionamento. Aos 8 ‘ Newton cabeceou outra bola alta na área, acertando a trave.

Apesar da marcação frouxa do tricolor baiano no meio campo, com o time gaúcho trocando passes e dominando o jogo, o Bahia insistiu nas jogadas longas e individuais e chegou a ameaçar com uma boa finalização de Jobson e uma cabeçada sem força de Souza, aparecendo o goleiro gremista Marcelo nos dois lances.

Aos 32 minutos o time gremista entrou tabelando pela esquerda e Viçosa recebeu livre, de frente, batendo forte e ampliando para 2 x 0, com o meio e a defesa olhando. Aos 40', num contragolpe rápido, o ataque gaúcho entrou livre mas Ávine e Lomba chegaram na hora da finalização e salvaram.

Num balanço de meio tempo, o miolo defensivo do Bahia falhou nos dois gols e o meio campo não marcou nem armou. Camacho, por exemplo, atua como uma espécie de auxiliar de lateral esquerda, fazendo ‘o sombra' de Ávine, apenas. Isso, com Boquita, muito mais jogador, e Diones, muito mais macho, sentados no banco, olhando o meio-campo perdido, sem ver a bola.

Na segunda etapa o Bahia voltou com outra postura, mais à frente. Até os nove minutos o tricolor baiano teve sete escanteios a seu favor, mas aos 10', num contragolpe, o tal Viçosa (meninão novo, alto, forte, alagoano, cria do Asa de Arapiraca) entrou de cara, bateu mas Lomba salvou.

Dany Moraes e Titi se enrolavam com a bola na defesa, o menino Gabriel tímido na lateral direita, Camacho sumido, Fahel correndo à toa, o Grêmio ganhava todas as divididas e os rebotes ofensivos e defensivos, senhor do meio campo, mas não penetrava. Administrava a vantagem, apenas.

O Bahia levava a bola na força de vontade, sobretudo com Ávine pela esquerda, mas não chutava em gol. Lulinha muito aberto pela direita, Jóbson tentando as jogadas individuais e Souza apanhando da bola, com conseguir domá-la.

Aos 16 minutos, Ávine bateu falta da entrada da área e acertou o travessão gremista. Aos 30, Jobson fez ótima jogada, driblou três e deixou Souza livre, de cara, na frente da pequena área, mas o centroavante não chutou, não dominou, atrapalhou-se, perdendo um gol inacreditável.

Jobson tentou ainda aos 37, aos 44 e 47 minutos, driblando e batendo no gol para defesas do goleiro gremistas. Só. Renê Simões substituiu aos 31 minutos Souza e Lulinha por Rafael e Maranhão. Tarde demais. E não mexeu no meio campo, o ponto mais fraco do time e onde o jogo acontece. Quem ganha as jogadas no meio campo tem o jogo sob controle; elementar, é só ver o Barcelona jogar.

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Destaques no Bahia: Ávine e Jobson. Um pouco de Marcone, um pouco de Lulinha e acabou. Souza voltou a atuar muito mal e Camacho... bem, esse não tem mesmo força e capacidade técnica para atuar no meio campo de uma equipe de primeira. Definitivamente.

No time treinado por Renato gaucho, Fabio Rockenbach ditou o ritmo no meio campo ao lado de Douglas e Viços mostrou-se um ótimo centroavante, rápido, forte, inteligente e finalizador.

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O time do Bahia precisa começar a pontuar, já ! A chance é domingo, em Pituaçu, contra o Atlético de Minas, que é um time muito bem treinado pelo técnico Dorival Junior (aquele mesmo que armou o time do Santos de Neymar e Ganso) e começou bem o campeonato.

Tem uma boa zaga (Leonardo Silva , ex-Bahia está lá) e o veterano baiano Magno Alves no ataque fazendo gols. Jogo difícil. Sò tem clássico na primeirona!
O treinador Renê Simões pretende colocar em campo o veterano meia Ricardinho, recém-contratado. JeanCarlos deve retornar na lateral direita. É jogo para entrar com Rafael ou João Neto no lugar de Souza, fazendo um ataque mais veloz. Mas Renê tem coragem de escalar um dos dois e escorar o medalhão, grandalhão e lerdo?

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Toca do Leão

A derrota na sexta-feira contra o Guarani deixou a torcida rubronegra injuriada e o pessoal de Canabrava de crista baixa. Não só pelo placar, 1 x 0, mas pela bolinha jogada pelo rubro-negro em campo.

O time mostrou-se desarrumado, frágil no meio campo, vulnerável na defesa e sem criar nada no ataque. O problema maior reside no meiocampo, muito mexido pelo treinador Geninho. Uéliton, que jogava de segundo, terceiro volante desde os tempos de Vanderson, está escalado como protetor de zaga, quase um terceiro zagueiro. Xuxa e Jérson mal se conhecem e Geovani não tem mais pernas para atuar sozinho fazendo a ligação defesa-ataque. Os atacantes Neto e Rildo ficam isolado esperando chutões da defesa para disputar com a zaga adversária. Só. Elkeson faz falta e Nikão também.

O Guarani foi o dono do jogo e teve chances de golear , fazer três ou quatro. Alerta geral na Toca. Uma constatação: O Leão perdeu as forças na sua Toca. O Vitória perdeu do Bahia, do Bahia de Feira e agora do Guarani no Barradão, diante de sua inflamada torcida. Tem de voltar a se impor dentro de casa.

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O rubro-negro baiano retorna a campo na sexta-feira, no Rio de Janeiro, contra o Duque de Caxias. Se voltar a jogar bola tem chance de vencer, mesmo fora de casa, porque o time carioca é fraquinho. Mas precisa reencontrar seu jogo.
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