Turismo

NYT: GÁLAPOS O SEGUNDO MELHOR DESTINO DO MUNDO PARA VIAJAR EM 2025

Arquipélago patrimônio da humanidade que pertencer ao Equador, no Pacífico, distante 1000 km de Quito
Tasso Franco , Salvador | 13/01/2025 às 12:23
Gálapos, o paraíso terrestre no Equador
Foto: National Geography
  O jornal NYT listou Gálapos, no Equador, como o segundo destino melhor do mundo para se fazer uma viagem, em 2025. O arquipélago (conjunto de ilhas) é conhecido mundialmente desde que Charles Darwin, no século XIX, o visitou e serviu como base da sua teoria da evolução da espécie a partir da natureza, o que modificou a concepção divina sobre a existência do homem, ainda hoje, o tema mais complexo da humanidade. Darwin venceu, mas não convenceu a todos na medida em que os cristãos e outras religiões têm suas próprias crenças, desde Adão e Eva, a Oxumaré, ao Induismo.

  Muita gente também pensa que Gálapos é uma ilha. Trata-se, no entanto, de um conjunto de ilhas virgens, mas, na atualidade, com empreendimentos turísticos de alta qualidade (hotéis e resortes de 5 estrelas), outros de média qualidade, numa luta que o governo do Equador e os ambiuentalistas mundiais travam para que o arqipélago não se deteriore. 

   Vamos conhecer Gálopos em matérias do Mundo Educação e do Terra:

    As Galápagos, também conhecidas como Arquipélago de Colombo, são um conjunto de ilhas vulcânicas localizadas no Oceano Pacífico e situadas a aproximadamente 1000 km da costa do Equador. Dotada de uma biodiversidade ímpar, o Arquipélago de Galápagos foi visitado por Charles Darwin em sua viagem a bordo do navio H.M.S. Beagle, sua visita foi de fundamental importância para os estudos do naturalista.

   Formado por treze ilhas maiores e sete ilhotas, o arquipélago de Galápagos é assim chamado porque “galápago” é um nome em espanhol que significa sela, em referência ao formato dos cascos das tartarugas gigantes encontradas nas ilhas do arquipélago.

  Há trinta anos, o arquipélago de Galápagos foi declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO (Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Comunicação), e no ano de 2008 suas ilhas foram incluídas na lista de reservas ameaçadas pela invasão de espécies exóticas e pelo impacto do turismo.

   O arquipélago de Galápagos abriga espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra (endêmicas) e por se localizar distante do continente americano sofreu pouco impacto antrópico, o que beneficia sua fauna e flora originais. As correntes marítimas (Humboldt, Cromwell e Norte e Sul equatorianas) levam nutrientes para as ilhas de Galápagos, o que torna essas águas ricas em fitoplâncton, dando condições para que existam hábitats diferenciados atraindo grande variedade de organismos vivos.

   Estima-se que das cinco mil espécies encontradas em Galápagos, duas mil são endêmicas e entre elas podemos citar os tentilhões de Darwin, as tartarugas gigantes, iguanas terrestres e marinhas, lagartos de lava, pinguim-de-galápagos, entre outros.

  Uma tartaruga gigante batizada de George era o principal símbolo do arquipélago e da luta pela conservação do meio ambiente na região. Oriundo da Ilha Pinta, George pertencia à subespécie Chelonoidis nigra abingdoni e era considerado o último exemplar dessa subespécie. Essa subespécie foi dizimada após colonizadores introduzirem espécies exóticas como cabras e porcos na ilha onde essas tartarugas viviam. Com a reprodução rápida, essas espécies exóticas destruíram o hábitat das tartarugas, reduzindo drasticamente sua população. George foi encontrado pelo pesquisador József Vágvölg no ano de 1971 e encaminhado ao Parque Nacional de Galápagos no ano de 1972, onde viveu até 24 de junho de 2012. Com a morte de George, a subespécie Chelonoidis nigra abingdoni entrou em extinção.

Como Galápagos pertence ao Equador, o Governo desse país limitou a visitação ao arquipélago em 20.000 turistas ao ano, sendo que para conhecer o Parque Nacional de Galápagos algumas regras devem ser seguidas, como não tocar nos animais, não jogar objetos no chão e não montar acampamentos.        


TERRA

Dizem que não existe lugar igual no planeta como Galápagos. E o que não falta ali são títulos.

A 1.000 quilômetros da costa do Equador, esse arquipélago é Patrimônio Natural da Humanidade desde 1979; tem a segunda maior Reserva Marinha do mundo, com 133 mil km²; e o parque nacional homônimo, um respeitoso senhor de 65 anos, abriga espécies de animais que só tem lá.

"É um pequeno mundo dentro de si mesmo", escreveu Charles Darwin, depois de ver as particularidades de Galápagos, onde esteve em sua volta ao mundo, na primeira metade do século XIX.

Para o jovem cientista, a também vulcânica Fernando de Noronha tinha muitas semelhanças com Galápagos, "o único outro lugar onde vi uma vegetação de alguma forma parecida com essa".

O arquipélago é um destino complexo e variado, por isso, neste mini guia você encontra apenas algumas das atividades populares das três ilhas mais turísticas: San Cristóbal, Santa Cruz e  Isabela.

Com mais de 200 ilhotas, rochas e ilhas menores, o arquipélago é formado por 13 ilhas maiores, das quais apenas quatro são habitadas: Santa Cruz, San Cristóbal, Isabela,  Floreana.

Com distâncias consideráveis e um mar invocado, os deslocamentos entre ilhas costumam ser a bordo de pequenos aviões. Para esta reportagem, voamos com a Emetebe Airlines (emetebe.com.ec), companhia aérea que opera em destinos como Baltra, San Cristóbal e Isabela.

ILHA ISABELA

O vulcão Sierra Negra é o atrativo mais famoso dessa que é uma das ilhas mais antigas da região, onde dá para fazer uma caminhada completa de 16 quilômetros, margeando a segunda maior cratera vulcânica do mundo, com um diâmetro de 11 mil por 9 mil metros.

Em dias de céu claro é possível avistar seus paredões interiores de até 100 metros de profundidade e a lava vulcânica solidificada das últimas erupções.

A visita, que tem início no setor El Cura, só deve ser feita com acompanhamento de guias credenciados pelo Parque Nacional Galápagos.

Nas palavras do seu visitante mais ilustre, Darwin, a maior ilha de Galápagos é coberta por "camadas de lava preta nua que flui, como piche transbordando sobre a borda de um ponte".

Não deixe de fazer snorkelling na baía Concha de Perla, endereço de lobos marinhos e pinguins; e a trilha ao Muro de las Lágrimas, uma impressionante caminhada até as ruínas de muros de uma antiga colônia penal com blocos de lava vulcânica.

ILHA SAN CRISTÓBAL

A segunda maior ilha do arquipélago guarda a cidade de Puerto Baquerizo Moreno, capital de Galápagos, onde não é raro ser recebido, já no desembarque, por leões marinhos deitados na plataforma de desembarque do Muelle Eco Turístico.

Foi ali que Darwin, segundo seu diário, foi esnobado por duas tartarugas gigantes indiferentes com sua presença. "Esses enormes répteis, cercado pela lava preta, arbustos sem folhas e grandes cactos, pareceram-me animais antediluvianos", escreveu o cientista.

Só achei desnecessário, jovem Darwin, subir nelas e dar pancadas no seu casco. "Descobri que era muito difícil manter meu equilíbrio", confessou.

Para uma ideia geral da ilha, prove o Tour de Baía, passeio marítimo por atrativos como o Cerro Tijeretas, que guarda estátua em homenagem a Charles Darwin; Isla Lobos, berçário de leões marinhos; e a impressionante rocha León Dormido, formação de cinzas vulcânicas com 148 metros de altura.

Já os credenciados não devem deixar de mergulhar em Galápagos, um dos melhores lugares do mundo para a prática da atividade, em locais como León Dormido, Isla Lobos e Punta Pitt.

Puerto Ayora, principal povoado de Santa Cruz, costuma ser a porta de entrada após o desembarque no aeroporto de Baltra, ao norte dessa ilha.

A visita mais importante na segunda maior ilha do arquipélago é na Fundação Charles Darwin, renomado centro de pesquisa que, entre tantas outras funções, serve como uma maternidade de tartarugas, um programa de criação e repatriação de espécies locais que estiveram a beira da extinção.

É ali que você vai ver tartarugas gigantescas e iguanas terrestres únicas no mundo, onde viveu o centenário Solitário George, último exemplar da tartaruga do tipo galápago, morto em 2012.

Próximo ao centro urbano de Puerto Ayora fica a trilha de acesso à Baía Tortuga, uma caminhada de 2,5 quilômetros, em meio a pedras vulcânicas e uma floresta de cactus que leva até as praias Brava, de ondas fortes que atraem surfistas, e a Mansa, um tranquilo braço de mar, onde iguanas marinhas e pelicanos são vistos com facilidade.

Outro tour impactante, na parte alta da ilha, é a Fazenda Las Primicias que guarda um túnel de lava com 300 metros de extensão e exemplares gigantes de tartarugas que vivem nos jardins do empreendimento.

Seu isolamento geográfico e a colonização humana tardia, no século 19, são algumas das explicações para a presença de animais com uma alta tolerância à presença humana.

A bicharada marca presença e todo cuidado é pouco para não tropeçar num deles, como os lobos marinhos da principal avenida da ilha San Cristóbal ou no centro turístico de Puerto Baquerizo, capital administrativa de Galápagos.

De acordo com o  Galapagos Science Center, 80% das aves do arquipélago, assim como 97% dos répteis e mamíferos terrestres, são endêmicos. Ou seja, só tem lá, apesar de muitas correrem risco de extinção, devido às atividades humanas ou ameaças naturais.

Um dos símbolos da exclusividade de Galápagos é a iguana terrestre. Esses animais únicos, parentes próximos das iguanas marinhas (outro tipo endêmico do arquipélago), chegam a pesar 13 quilos e viver até 40 anos, na  ilha de Santa Cruz.

Para uma maior controle, o arquipélago recebe passageiros apenas de Quito e Guayaquil, ambas no Equador.

As viagens aéreas são operadas pela Latam e, em menor escala, pela Avianca, com conexões em Bogotá (Colômbia) e Guaiaquil. Ambas contam com diversas opções de voos, todos com troca de aeronave e longas esperas em aeroportos colombiano e equatoriano.

Para se ter uma ideia, em simulação para setembro, o Viagem em Pauta encontrou bilhetes a partir de R$ 3.136 (sem taxas) para viagens de 13 a 41 horas de duração, incluindo paradas em aeroportos de capitais como Peru, Colômbia e Equador.

Os principais aeroportos de entrada de estrangeiros são os de Baltra (GPS), ilha desabitada a norte de Santa Cruz, e o de San Cristóbal (SCY).