Nós, eu e minha esposa, fomos abordados várias vezes na semana passada não somente neste trecho, mas também na Praça do Comércio, na Praça da Figueira, na Mouraria, e nos sentimentos menos seguros do que em outras vezes que estivemos em Lisboa.
Nada que configurasse um estado de violência ou uma abordagem mais insistente, porém, isso nos deixou preocupados e creio que também a outros visitantes. Também não tivemos nossas bolsas e carteiras surrupíadas nem aconteceram atos de violência.
Na rua do nosso hotel, o Santa Justa, felizmente havia sempre uma dupla de policiais às noites até tarde o que nos deixava mais tranquilos tanto ao sair quanto ao entrar no hotel uma vez que, também, a abordagem de propagandistas de restaurantes mostrando cardápios e comidas é intensa, diria, em toda esta rua dos Correios onde há uma quantidade enorme de restaurantes.
No mais, por onde andamos e foram vários locais, o fizemos com tranquilidade tanto nos locais de grande movimento de turistas como na praça do Império quanto a trechos menos movimentados como a Ladeira do Alecrim.
O forte de Lisboa - assim vemos - é exatamente a segurança, a tranquilidade de frequentar os lugares sem sobressaltos tantos de dia quanto de noite, diferente, por exemplo, de Paris, com batedores de carteiras à mancheia, no metrô, e Roma, com espertalhões por todos cantos do centro histórico.
MATÉRIA DO DIARIO DE NOTICIAS
A propósito da segurança em Portugal, ontem, o Diario de Noticias publicou uma reportagem mostrando que há uma insatisfação crescente nas forças de segurança. Veja o que diz a matéria: - Elementos das forças de segurança que estão em protesto por aumentos salariais colocaram esta segunda-feira oito caixões em frente à Assembleia da República, simbolizando os anos de Governo socialista e os agentes mortos em serviço.
A ação de protesto desta segunda-feira foi promovida pelo Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) e contava cerca das 20:00 com a presença de cerca de uma centena de polícias, que estavam em silêncio.
Junto aos caixões podia ler-se em duas lápides: "Aqui jaz a SEGURANÇA PÚBLICA em frente à Assembleia da República, 1867 - 2024" e "Aqui descansa SEGURANÇA PÚBLICA, 1867-2024, 'oito anos a ser enterrada'".
O presidente do Sinapol, Armando Ferreira, adiantou que os polícias estão "completamente unidos e não vão desarmar".
"Os polícias estão aqui e vão estar aqui presentes até verem os seus problemas resolvidos e a justiça da sua reivindicação ser solucionada", realçou o dirigente sindical, referindo que espera que o Governo atribua um suplemento de missão aos profissionais da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) à semelhança do que foi concedido à Polícia Judiciária (PJ).
Para Armando Ferreira, o Governo tem "todos os poderes legítimos para resolver o problema ainda durante o seu mandato".