PARIS - O rio Sena (la Siene, em francês) é a principal referência desta cidade, um acidente geográfico que a corta de ponta a ponta no sentido Sudoeste/Noroeste, em 13 km, com águas calmas e profundidade média de 9 metros, onde em suas margens se concentram os principais monumentos e bairros mais emblemáticos. 

Alguma coisa importante está ou às margens direita ou às esquerda - o Louvre, o d'Orsay, a Biblioteca Nacional, a Assembleia Nacional, Notre Dame, as universidades, a Eiffel e assim por diante. É portanto, a principal fonte de referência para os turistas. Ninguém se perde nesta imensa cidade. É só seguir ou procurar o Sena.

   Existem 37 pontes cortando o rio somente em Paris, a mais bela delas a Alexandre III, uma homenagem ao czar da Rússia. Paris foi ocupada pelos russos na guerra contra Napoleão e este czar entrou na cidade montado a cavalo durante a ocupação do exército russo imperial no inicio do século XIX. 

  Hoje, no entanto, falaremos da Ponte Neuf (tem significado de nova para distinguir das pontes medievais) que é a mais antiga da localidade e fica bem no coração da cité, antes medieval; hoje, mundial. O Rei Henrique III lançou a primeira pedra da Neuf em 1578 e seus arcos elegantes unem a Île de la Cité às duas margens do rio desde 1607, quando foi inaugurada no reinado de Henri IV, com 238 metros de extensão. A ponte possui de um lado da ilha 4 arcos, já do outro lado, tem 7 arcos.

  Em 1889 foi classificada como monumento histórico e incluída no Patrimônio Mundial da Unesco, em 1991. O monumento difere-se de outras pontes parisienses porque a primeira a atravessar o Sena em toda a sua largura, além de ser a primeira ponte a ter calçadas para pedestres. A ponte, na atualidade, tem mão dupla de veiculos e permanecem as calçadas para pedestres dos dois lados, onde alguns músicas tocam e cantam.

  Sua fama deve-se a ser a primeira ponte de pedra com uma vista livre do Sena, sem possuir casas. Era chamada de nova para se distinguir das antigas pontes medievais, hoje inexistentes, erguidas com casas em ambos os lados.

   Sua decoração é composta por candelabros negros e mais de 300 máscaras esculpidas na parte inferior. Além disso no ponto em que a ponte cruza a Île de la Cité, fica a estátua equestre do rei Henrique IV.

  As margens próximas do monumento há uma escadaria para os turistas acessarem os 'bateaus mouches'. Um passeio pelo rio custa 17 euros. No verão suas margens abrigam o 'Paris Plages', uma praia urbana bem no centro. Nessa época do ano as pessoas fazem encontros às margens do rio, pic nics e casais tomam vinho e saboreiam, além de fazerem declarações de amor. 

  Nas margens do Sena - área baixa rente ao rio - acontece de tudo, de pedidos de casamentos a entregas de alianças de noivados e outros. É um ótimo lugar para fazer cooper - e muitas pessoas fazem, moradores e até turistas - e passear de bike. Enfim, é uma extensa área de lazer da cidade. (TF)

O Sena representa mais que um rio exaltado na tradição romântica. Devido a seu leito pouco acidentad, é uma importante via de transporte, que serve à capital da França há séculos. O transporte turístico de passageiros pelo Sena é uma atividade tradicional na cidade e toda hora passa um deles repleto de turistas, nos barcos moscas (bateau mouches). O número de turistas na França supera os 80 milhões e a grande maioria visita Paris. O nome do rio é uma referência à palavra latina Sequana, a divindade galo-romana dos rios. (TF)