Em frente à catedral em reconstrução, na Pont-Neuf para subir num bateau-mouche ou entre os quatro pilares da Torre Eiffel (não pode-se passar embaixo da torre pois está havendo a reforma numa das áreas), é a mesma impressão: uma multidão cheia de alegria voltou aos seus bons velhos hábitos.
O retorno dos turistas começou no final de fevereiro, mas especialmente desde a semana anterior à Páscoa e deverá se intensificar com a chegada do verão. As vitrines das lojas na cidade já estão repletas de produtos para o verão e Paris sediará no final deste mês a final da Copa dos Campeões da UEFA entre Real Madrid e Liverpool e espera-se a presença de milhares de espanhóis e ingleses na cidade.
Segundo a RFI, com 20% mais turistas do que em 2019, "sem os russos ou os asiáticos", Jean-François Rial, presidente da Secretaria de Convenções e Visitantes de Paris (OTCP), destacou, no BFM Business, o fim de semana da Páscoa marcou uma virada no setor, enchendo os hotéis com 82% de ocupação. A Torre Eiffel registrou 22.000 visitantes por dia, perto de sua capacidade máxima.
No fim de semana da Páscoa, os norte-americanos foram quase tão numerosos quanto antes da pandemia (-2%), assim como os europeus (-8%), de acordo com a OTCP, para quem "estas dinâmicas devem continuar".
Assim, em julho, os turistas europeus devem ser mais numerosos do que em 2019 na capital, enquanto o retorno dos norte-americanos "a volumes pré-pandêmicos", de forma retardada, poderia ocorrer após o verão, estima a OTCP.
Na Torre Eiffel, além do retorno dos norte-americanos, notamos a "renacionalização" da "base de visitantes" com um quarto dos visitantes franceses, ou seja, duas vezes mais do que antes da crise, enfatiza Jean-François Martins, presidente da empresa que opera o monumento (Sete).