Turismo

MERCADO DA RIBEIRA TIME OUT: O MELHOR CENTRO GASTRONÔMICO DE LISBOA

Um lugar especial coletivizado onde se encontra gente de todo planeta
Tasso Franco , Lisboa | 28/01/2022 às 10:47
Já sou cliente há alguns anos
Foto: BJÁ
     O Mercado da Ribeira, em Lisboa, tem uma longa história que data de 1882 quando foi inaugurado dentro do plano de restauração da cidade após o terremoto de 1755. 

   Localizado nas proximidades do Cais do Sodré inicialmente foi idealizado como entreposta comercial de produtos portugueses e importados para abastecimento das familias, do comércio e dos restaurantes e bares dada a sua proximidade com o cais, à beira Tejo.

  Um incêndio destruiu a parte do lado nascente do mercado, em 1893. No século XX era um mercado misto - atacadista e varejista. Parecia-se, muito, com o antigo Mercado Modelo de Salvador - a beira do cais do comércio - que atendia as familias baianas com os produtos vindos em saveiros do Recôncavo - e era um misto de varejo e atacado, embora a Feira de Água de Meninos fosse mais forte em atacadistas.

   No Mercado Modelo antigo tinha, também, as tendas (boxes) da gente tomar uma e restaurantes pequenos. Este mercado desapareceu destruido por um incêndio. O novo mercado Modelo é reservado a artesanatos, boxes de geladas e tira-gosto, venda de prataria e lembranças da Bahia e restaurantes no primeiro piso. 

   No ano 2000, o mercado da Ribeira abandonou a atividade de comércio grossista e manteve a retalhista com a venda de frutas, verduras, grãos, frutos do mar, carnes, vinhos, bebidas em geral e artesandps. 

   Em 2001, com a inauguração do novo primeiro piso, o espaço iniciou uma nova vertente social, cultural e recreativa, com bailes, espetáculos de música e a inauguração de restaurantes.

  Resistia em altos e baixos. A exploração do Mercado da Ribeira foi atribuída pela Câmara de Lisboa (a Prefeitura local) à Time Out, em 2010, no âmbito de um concurso público para concessionar o espaço. 

  Foi reinaugurado em 18 de Maio de 2014 com 30 restaurantes onde se pode comer grande variedade de pratos de peixe, carne, hambúrgueres artesanais, sushi, bolos e gelados etc. São 3000 metros quadrado e servidos por 500 lugares sentados em área coberta e mais 250 de esplanada.

   É o maior centro gastronômico de Lisboa e frequentado, diariamente, por milhares de turistas e nativos. Há, ainda, anexo, o mercao de frutas e hortigranjeiros que atende às donas de casa e aos bares e restaurantes e opera mais pela manhã.

   O centro gastronômico abre dia e noite e a depender da data da semana funciona até a madrugada. Hoje, exige-se dos clientes documemto de que foi vacinado contra a Covid. Nas entradas há vigilância neste sentido e é obrigatório apresentar a documentação, no papel ou virtual (no celular). Exige-se, ainda, uso de máscara, salvo, evidente na hora de comer. 

  Os turistas podem apreciar tanto o bitoque ou prego - o famoso sanduiche português - a bacalhaus de todos os tipos nos restaurantes. Atualmente, na ala voltada para a praça Dom Luis I foram abertos novos restaurantes (ou anexos) voltados para a praça fora do mercado (no calçadão), um ótimo local para papear, comer bem e degustar um vinho.

   Os preços dos produtos no mercado variam entre 10 a 15 euros - o almoço ou jantar - sem contar as bebidas. O espaço é coletivo. Mesas altas e bancos com recosto parcial são divididos pelos clientes para quem chegar primeiro. 

   São 500 lugares, mas, nos finais de semana custa-se arranjar um assento nos horários de pico - entre meio dia e 15 hs; e entre 20h e 22 horas. Mas, sempre dá-se um jeito.

   Há, no local, várias docerias e vendas de licores. O cliente pode (e deve) almoçar/ou jantar num local e decidir pela sobre-mesa noutro. As mulheres - em especial - não devem dar moleza em bolsas sobre as mesas e se deslocarem para pegar os pratos pedidos nos restaurantes. Podem não encontrar as bolsas nos locais que deixaram. Olho vivo sempre é bom. (TF)