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IGREJA DE SANTA MARIA DE BELÉM NO JERÓNIMOS A MAIS BELA DE LISBOA

A Igreja é monumento nacional e patrimônio mundial da UNESCO.
Tasso Franco , da redação em Salvador | 24/01/2020 às 19:15
Filipe de Vries, Cristo na Cruz, 1550
Foto: BJÁ
   A igreja de Santa Maria de Belém no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, integra o conjunto do monumento, mas, é praticamente espaço à parte com entrada gratuita. Erguida com planta em cruz latina e três naves é um dos templos católicos da capital mais representativo da pujança portuguesa no século XVI, época do "Venturoso" rei Dom Manuel I.

  Quando se entra no templo, um dos mais belos de Lisboa por sua arquitetura em gótico e manuelino, por sua importância histórica e por servir de túmulo a personalidades valorosas da história de Portugal, reis, navegadores e escritores encanta qualquer visitante. Portugal valoriza muito seus escritores.

  Logo na entrada à direita está o túmulo de Luis Vaz de Camões o poeta das epopéis dos navegadores, século XIX, obra do Costa Mota, com a figura em mármore do escritor esculpida sobre o túmulo. 

   Adiante, também à direita, o túmulo do poeta Fernando Pessoa emoldurado numa capela. Fernando Pessoa morreu aos 47 anos, e seu corpo transladado em 1985 para o Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, sendo o seu túmulo da autoria do Mestre Lagoa Henriques.

  A abóbada do cruzeiro cobre, de um só voo, uma largura de 30 metros. Representa a realização mais acabada da ambição tardo medieval de cobrir o maior vão possível com o mínimo de suportes. Neste espaço livre, em que se encontra toda a simbologia régia, a profusão de ornatos atinge o seu auge.

   No braço esquerdo do transepto estão sepultados os restos mortais do Cardeal-Rei D. Henrique e os dos filhos de D. Manuel I. No braço direito do transepto encontra-se o túmulo do Rei D. Sebastião e dos descendentes de D. João III.

    Segundo Wikipedia, a capela-mor inicial, de Boitaca, foi demolida e substituída por outra, mandada construir em 1571 por D. Catarina, mulher de D. João III. Foi traçada por Jerónimo de Ruão, que aqui introduziu o estilo maneirista, estabelecendo um forte contraste com o corpo manuelino da Igreja. Nas arcadas abertas entre os pares de colunas laterais estão situados os túmulos de D. Manuel e de sua mulher, D  Maria, de D. João III e D. Catarina. No altar-mor encontra-se um retábulo do pintor Lourenço de Salzedo com cenas da Paixão de Cristo e a Adoração dos Magos.[


   Anexa à igreja destaque-se a ampla sala da sacristia, cuja abóbada irradia de uma coluna central. Concebida por João de Castilho, a sua construção data de 1517-1520. O mobiliário inclui um arcaz de madeira do século XVI, presumivelmente da traça de Jerónimo de Ruão, onde se conservam paramentos e alfaias litúrgicas. Sobre o espaldar dispõem-se catorze pinturas a óleo representando cenas da vida de S. Jerónimo (atribuídas ao pintor maneirista Simão Rodrigues; executadas c. 1600-16

   O túmulo de Vasco da Gama (1469-1524) está localizado na saida do templo, à direita. (TF)
Mas o poeta-maior da língua portuguesa não é o único homem de letras lá sepultado. Os restos dos poetas Alexandre Herculano (1800-1854) e Fernando Pessoa (1888-1935) também estão nesse mosteiro da praça do Império.