Um acordo foi assinado ano passado entre a Liga e o MPRJ
Nara Franco , Rio de Janeiro |
07/06/2019 às 10:33
MP não quer mais viradas de mesa no carnaval carioca
Foto: divulgação
O Promotor de Justiça Rodrigo Terra, representante do Ministério Público na ação que obriga a Liga das Escolas de Samba (Liesa) a não realizar novas "viradas de mesas" no carnaval carioca, disse hoje (6) que vai à justiça para impedir que a Imperatriz Leopoldinense continue no Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Um acordo foi assinado ano passado entre a Liga e o MPRJ para que escolas de samba não sejam mais beneficiadas após a decisão final da apuração. em rebaixa-las. A multa prevista para o descumprimento do acordo é de R$ 750 mil.
"Essa situação cria uma instabilidade, uma falta de confiança. Há o descumprimento da promessa de que haja uma competição, o consumidor compra o ingresso para ver isso. Se o regulamento passa a não valer, o desfile deixa de ser uma disputa", explicou Rodrigo Terra ao jornal O Dia.
Ao ser questionado sobre como era avaliada a decisão da Liga em manter a escola rebaixada, mesmo após a assinatura do termo e a fixação de uma multa o promotor afirmou: "Eu avalio como uma audácia. Eles não compreendem a relevância do termo. Nada impede que eles façam a festa de outra maneira, mas vale o que está escrito e isso precisa ser respeitado".
Procurada, a Liesa afirmou que não haverá manifestação da entidade sobre a votação e que deve acontecer nova eleição para presidente da Liga.