Turismo

De bicicleta pelo mundo: cidades onde o turismo pode ser feito de bike

Amsterdã é a cidade mais conhecida mundialmente por sua mobilidade em duas rodas
Nara Franco , Rio de Janeiro | 08/03/2019 às 11:19
Liubliana
Foto: divulgação

Fazer uma viagem diferente pode ter vários significados. Entre eles, conhecer uma cidade andando de bicicleta. Quando falamos nela, inicialmente pensamos logo em Amsterdã. Talvez seja a cidade mais conhecida mundialmente por sua mobilidade em duas rodas. 

Mas há outras cidades no mundo, onde o turismo de bicicleta é bem viável. Chicago, nos Estados Unidos, é uma delas. Conhecida como a cidade dos ventos, ela pode até incomodar pelo tempo frio. Mas nada que supere pedalar na beira do Lago Michigan ou circular pela Milwakee Avenue, a chamada via expressa dos hipsters. Está previsto que em 2020 a cidade tenha 1.000 quilômetros de ciclovias, mas hoje já existe um café para ciclistas: o Heritage. Para os passeios utilize o serviço de empréstimo em autosserviço Divvy, que foi responsável pelo prêmio Top City for Cycling Award, ganho por Chicago da revista Bicycling em 2016.

Fria como Chicago, mas também amigável aos ciclistas, Dublin, na Irlanda, é um convite a quem curte um bom passeio em duas rodas. Há 120 quilômetros de pistas exclusivas para ciclistas e outros 50 quilômetros de vias compartilhadas com ônibus. O serviço de locação é o Dublinbikes. De bicicleta dá para visitar o Phoenix Park, ao norte de Dublin, e outros pontos turísticos sempre acessíveis por ciclovias. 

Ainda na Europa, Estrasburgo também tem uma excelente infraestrutura para ciclistas. As empresas assumem a metade da assinatura anual do Vélhop –sistema público de bicicletas compartilhadas. O uso da bicicleta é uma política de governo, que investiu na criação da Rota dos Fortes (que começa na estação de bonde Parc de l’Orangerie) com 85 quilômetros. 

Na capital da Andaluzia, Sevilha, o cicloturismo explodiu. Atualmente, Sevilha tem um serviço municipal de aluguel compartilhado de 3 mil unidades e calcula-se que quase 100 mil pessoas circulem diariamente pelos 120 quilômetros de vias reservadas às bicicletas (de cor verde). Os arredores da cidade andaluza também oferecem rotas para todos os gostos e durante todo o ano, pois o termômetro não costuma baixar de 10ºC.

Da Espanha para a Alemanha. Percorre-se Berlim de bicicleta, conhecendo o restos do Muro ao Reichstag, passar pelo Portão de Brandeburgo, percorrer a Potsdamer Platz. Tudo de bicicleta. Pode-se alugar uma bicicleta elétrica por apenas 25 euros no famoso Fat Tire. Quase todos os edifícios da cidade têm um estacionamento fechado para bicicletas. 

Chegando à Holanda, além de Amsterdã, a quarta cidade dos país também é referência no transporte em duas rodas. Com 400 mil habitantes, Utrecht é uma cidade de ciclistas. No subsolo do complexo de salas de exposição Jaarbeurs mais de 30 mil (!)  vagas de estacionamento de bicicleta estarão disponíveis em 2020, distribuídas em três andares, com vagas corrediças de modernidade absoluta. “We all cycle” é o lema da cidade holandesa, que investe pesado no turismo por duas rodas e na mobilidade de bicicleta. 

Para fechar, que tal passar umas boas horas da noite pedalando pelas ruas da Liubliana. A Liubliana é uma autêntica cidade ciclística. São 80 quilômetros de vias sinalizadas e outros tantos de vias exclusivas. Na avenida Dunajska, um contador indica a cada dia da semana quantas bicicletas descem do norte da cidade para o centro (mais de 5 mil por dia). Para que aprecia o turismo de montanha, é possível chegar ao sopé dos montes Dolomitas de bicicleta, tudo por 15 euros.

Agora é preparar o fôlego e curtir as vistas impressionantes dessas cidades.