Turismo

Trade projeta Carnaval com crescimento no comércio e hotelaria

O comércio receptivo registrou consumo acima de 20% em relação aos verões anteriores
Secom Salvador , Salvador | 07/02/2019 às 11:50
Mercado Modelo
Foto: Bruno Concha

A cidade está na moda. Esse é o entendimento de empresários dos setores de hotelaria, bares e restaurantes da linha turística sobre Salvador, nesse auge do Verão 2019. O entusiasmo se deve ao número de turistas que desembarcam diariamente nos principais terminais da capital baiana na alta estação, lotando estabelecimentos comerciais e maximizando as vendas nestes pontos. Em quase dois meses, o comércio receptivo registrou consumo acima de 20% em relação aos verões anteriores. A expectativa positiva se estende até o Carnaval, cuja estimativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) é de ocupação total nos hotéis da cidade.

"Salvador está na crista da onda. Os hotéis inseridos no circuito da festa esperam ocupação máxima, e aqueles mais afastados projetam algo próximo disso, entre 90% e 95% de leitos ocupados durante a folia momesca. A cidade está fadada a repetir o sucesso dos anos anteriores e isso é muito bom para o setor receptivo de Salvador como um todo", destaca o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA), Silvio Pessoa.

Números – São esperados 800 mil turistas apenas durante o Carnaval, sendo 403 mil do interior da Bahia e 267 mil de outros estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Sergipe. Outros 130 mil são oriundos de países como Argentina, França, Itália, Portugal e Alemanha. No auge da festa, entre a quarta-feira (27 de fevereiro) e a segunda-feira de Carnaval (4 de março), navios de cruzeiro trarão 12.942 turistas para aproveitar a folia na cidade. Estão previstos 9.879 voos para o período de fevereiro e março no aeroporto de Salvador, sendo 4.939 pousos, com capacidade de atender a 768.311 passageiros.

Números divulgados pela Secult para a alta estação apontam um crescimento de 3,3% na movimentação econômica, em relação ao ano passado, com a circulação de R$ 1,8 bilhão. O fato resulta no aquecimento de todo o comércio, do vendedor de água de coco na orla até o dono de bar, da baiana de acarajé ao proprietário de restaurante, bem como na comercialização de produtos culturais como ingressos para shows, abadás, camarotes, vestuário e logística.

Com base na pesquisa de análise de perfil dos turistas no período da folia, realizada pela Prefeitura de Salvador no ano de 2017, a Secult estima que, no intervalo de sete dias do Carnaval, os turistas de outros estados devem desembolsar em torno de R$ 5 milhões, enquanto os baianos devem ficar na média de R$ 1,8 milhão e os estrangeiros, R$ 3,3 milhões. Os gastos estimados dizem respeito à passagem, hospedagem, vestimentas do carnaval, alimentação, bebidas, compras e transporte, dentre outros. 

"Sob a ótica dos representantes dos setores de receptivo da capital baiana, a perspectiva para o Carnaval é muito positiva. Atualmente, Salvador é o segundo destino mais procurado pelos turistas brasileiros. Em vista disso, esperamos uma cidade lotada de visitantes, com a hotelaria apresentando nível alto de ocupação, além de bares e restaurantes repletos de turistas", destaca Maria Ângela Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (ABAV).