O ano virou. Os festejos para a chegada de 2019, por meio do Festival Virada Salvador, reuniram mais de 2,1 milhões de pessoas na Arena Daniela Mercury, na orla da Boca do Rio. Os setores que movimentam a economia da capital baiana através de bares, hotéis, restaurantes e afins comemoram o pico de ocupação, registrado até aqui, na alta estação, com uma média de 95% dos leitos lotados na noite da virada.
Alguns hotéis da orla atingiram 100%, como as unidades localizadas em Patamares, Armação, Itapuã, Barra, Pituba e Ondina. Também ultrapassaram a casa dos 90% os estabelecimentos situados em Ondina, Centro, Rio Vermelho e na Avenida Tancredo Neves.
A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) define o Festival Virada Salvador como o grande diferencial dos festejos de final de ano no Brasil. "É diferente daquilo que se vê ao longo do litoral brasileiro. Primeiro, porque são cinco dias de um evento que traz toda uma infraestrutura de segurança, conforto, alimentação e lazer que você só vê em grandes realizações, como o caso do Rock in Rio, sendo um verdadeiro parque de entretenimento ao ar livre", destaca o titular da Secult, Cláudio Tinoco.
Ainda de acordo com Tinoco, o Festival Virada consolida Salvador como produto para turistas brasileiros e internacionais, abrindo o mercado de entretenimento soteropolitano para que outras pessoas possam conhecer a cidade de um jeito diferente. "Eventos deste tipo movimentam toda a economia, o turismo e aquece toda a rede de negócios. Chegamos a quase 100% de ocupação nos principais hotéis, como só conseguimos atingir em grandes eventos, a exemplo das Olimpíadas, Copa do Mundo, e Carnaval”, pontua.
O titular da Secult ressalta ainda que, no campo financeiro, foi confirmada a estimativa de movimentação de aproximadamente R$ 500 milhões no período de Réveillon. “O fato é associado diretamente a toda movimentação do festival que, em conjunto com os demais atrativos do verão, como consumo de bebidas, alimentação e lazer, celebram o sucesso da estação.”
Marco - "O Festival Virada Salvador representa um marco no que se refere à divulgação da cidade em todos os campos, do cultural ao econômico. Foi excelente para os setores de hospedagem e receptivo, fortalecendo o que o verão já traz agregado e marcando presença nas mídias", destaca Silvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA).
O gestor informa ainda que, durante os cinco dias de evento, a cidade faturou nos diversos setores econômicos. O desempenho resultou na alegria do vendedor de água de coco a donos de bares, lanchonetes e restaurantes que, com o auxílio das atrações musicais da festa, conseguiram manter o turista entretido com cultura, gastronomia e lazer nos principais pontos turísticos da cidade, como a Vila Caramuru e os largos de Santana e da Mariquita, no Rio Vermelho; o Mercado Modelo e o Pelourinho, no Centro Histórico; e demais cartões postais da capital baiana.
"Nos hotéis tivemos confirmadas as expectativas que divulgamos previamente, lembrando sempre que aproximadamente 50% a 60% dos turistas ficam em casas de parentes ou amigos. Neste caso, embora não compartilhem da ocupação dos hotéis, este tipo de turista participa das demais atividades, movimentando a economia desde o vendedor ambulante até o grande empresário. Isso tudo somado a cinco dias de festa gratuita traz um benefício enorme para a cidade", conclui Sílvio Pessoa.