Em quatro meses, a Conder recuperou a área externa de 111 casarões do Centro Histórico de Salvador. São imóveis que compõem a paisagem de um dos mais importantes pontos da capital baiana.
Da Redação , Salvador |
30/03/2018 às 19:34
Fundação Casa de Jorge Amado
Foto: DIRCAS
Duas igrejas seculares de Salvador estão recebendo atenção do Governo do Estado. A equipe de manutenção da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), realiza a limpeza e a reforma externa das igrejas Nossa Senhora da Saúde e Nossa Senhora da Conceição do Tororó, edificações históricas, localizadas na região do Centro Antigo de Salvador.
O desgaste provocado pela exposição a chuva e ao sol prejudicam a estrutura e pintura dos imóveis, a exemplo da Igreja Nossa Senhora da Saúde, construída em 1723. A Conder está realizando a limpeza e pintura da fachada do templo, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que também autorizou a execução dos serviços.
“Já estamos realizando obras de requalificação urbana para facilitar o trânsito e a circulação de pedestres em todo o Centro Antigo de Salvador. A recuperação da área externa de imóveis históricos integra as ações de manutenção de nosso patrimônio. Estamos seguindo a política do Governo do Estado de valorizar, atrair novos investimentos e incentivar a ocupação da área do território”, explica o gestor da Diretoria do Centro Antigo de Salvador (Dircas/Conder), Maurício Mathias.
Em quatro meses, a Conder recuperou a área externa de 111 casarões do Centro Histórico de Salvador. São imóveis que compõem a paisagem de um dos mais importantes pontos da capital baiana, a exemplo da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, da Fundação Casa de Jorge Amado, do Teatro Miguel Santana, entre outros. As obras de manutenção na área do Centro Histórico de Salvador, realizadas pela Conder, compreendem também a reforma de telhados, praças, além da recuperação do pavimento do território tombado.
As edificações antigas precisam de cuidados de conservação para evitar danos estruturais. A manutenção desses imóveis envolvem os aspectos arquitetônicos, como as sancas e elementos decorativos, preservando suas características originais, a exemplo da Igreja Nossa Senhora da Conceição do Tororó, construída em 1871, na Rua da Capelinha, que também tem sua fachada e área externa (execução da escada frontal da igreja, com guarda-corpo em balaustradas, recolocação do Cruzeiro, pintura da fachada e iluminação) sendo recuperadas pela Conder,
Patrimônio histórico
A Conder também realizou a limpeza e pintura externa do Lar Franciscano Asilo Santa Izabel, palacete em estilo colonial do século 19, tombado pelo Governo do Estado, desde 2002. “Já concluímos também a instalação da iluminação cênica do prédio e estamos finalizando a construção da Praça do Lar Franciscano, mais uma área de lazer para a população”, declara Maurício Mathias, referindo-se ao espaço com 470 metros quadrados e entrada para a Baixa dos Sapateiros.
A área externa do edifício do Ministério da Fazenda, exemplo de arquitetura Art-Déco, construído em 1949, no Comércio, também foi recuperado pela Conder, que realizou reforma do muro com a balaustrada, além da obra de pavimentação das vias e requalificação das calçadas com melhoria da acessibilidade do entorno, por meio do projeto ‘Pelas Ruas do Centro Antigo de Salvador’, do Governo do Estado. Estão sendo investidos R$ 124 milhões para a recuperação de mais de 270 vias em toda a região.
Pelas Ruas
Os serviços estão sendo realizados em 76 ruas de diferentes pontos do Centro Antigo de Salvador. Um total de 109 vias, neste local, já tiveram as obras concluídas. Até o final de março, serão mais 19 vias com obras em andamento, na região. São 11 bairros, os quais concentram mais de 70% dos equipamentos culturais da cidade, entre eles, importantes monumentos históricos.
“Além de implementar melhorias em vias antigas, das quais muitas jamais receberam qualquer tipo de manutenção, temos outros desafios com os de logística, canteiro de obra, armazenamento, transporte de material e comunicação prévia com a população que será beneficiada. Tudo isso para evitar ao máximo possíveis transtornos”, explica o Mathias.