Turismo

Guia de viagem a Machu Picchu, no Peru: quando ir e como,p Nara Franco

Machu Picchu fica no Peru, um país também belissimo
Nara Franco , Rio | 16/11/2017 às 15:11
As montas de Machu Picchu
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Patrimônio Mundial pela Unesco e uma das novas sete maravilhas do mundo moderno, o Santuario Histórico de Machu Picchu é um dos endereços turísticos mais procurados da América do Sul. É conhecido como "A Cidade Perdida dos Incas" e foi toda construída em pedra. 

Uma visita ao local requer alguns cuidados e dicas. Machu Picchu está a mais de 2.400 metros do nível do mar. A viagem até lá é marcada pela transição entre as montanhas dos Andes (das noites frias e dos ventos constantes) e a floresta nublada (do excesso de chuvas e dos ventos quentes). A temperatura média anual da região fica em torno dos 20ºC e cai quase pela metade à noite. No inverno, podem chegar a 0ºC.

Não esqueça de levar um bom casaco na mala, sapatos confortáveis e capa de chuva. A melhor época para visitar o Santuario Histórico é de de maio a outubro, durante a temporada de seca. Entre novembro e março chove muito. 

Evite fevereiro, pois é a temporada de maior probabilidade de chuvas. Junho e julho são os melhores para conhecer o legado inca, já que a probabilidade de precipitação é menor ainda. Nos dias de muita chuva, o parque é fechado. 

Desde julho de 2017, o Ministério da Cultura do Peru estabeleceu dois turnos para visita a Machu Picchu: manhã (das 6h às 12h) e tarde (das 12h às 17h). Não é possível comprar os ingressos na entrada do parque. Eles podem ser adquiridos em Cusco, Águas Calientes ou pelo site oficial (http://www.machupicchu.gob.pe/). E compre com antecedência pois a há um número limitado para entrada no parque e mais limitado ainda para fazer a trilha até Huayna Picchu.

É recomendável, antes e durante o passeio, descansar, tomar bastante água, chá de coca ou mastigar a folha, a fim de evitar o mal de altura. Apesar de os problemas maiores com a altura serem sentidos em Cusco, não custa nada estender os cuidados a outros lugares.

Em viagem ao Peru, os turistas usam normalmente o Novo Sol (a moeda do país), mas em transações informais utilizam-se também dólares americanos e até euros. Cartões de crédito são aceitos em hotéis e restaurantes, mas é aconselhável ter dinheiro vivo em mãos, porque boa parte dos lugares não trabalha com cartões. 

Como chegar

Como o trajeto até Machu Picchu não é dos mais simples, a grande parte das pessoas aproveita para incluir outros destinos no roteiro. Você pode aproveitar a viagem para conhecer e se hospedar também em lugares como a capital Lima ou Cusco, a cidade considerada capital do povo inca, com diversas atrações históricas. 

A cidade mais próxima do sítio arqueológico é Cusco, mas não há voos diretos entre nenhuma cidade brasileira e ela. Portanto, é necessário primeiro voar até Lima, capital peruana, e de lá seguir em outro voo para Cusco. LAN, TAM e Taca operam voos diretos entre São Paulo e Lima, e a viagem dura cerca de cinco horas. Quem está no Rio de Janeiro ou em Porto Alegre pode também pegar o voo entre essas cidades e Lima.

Após chegar a Lima, é necessário mais uma hora de voo até Cusco. Esse trajeto pode ser feito com a LAN, a Star Peru e a Taca.

De Cusco, o turista tem duas opções: pegar um ônibus até Ollantaytambo (96km), ou um trem até Águas Calientes. Se você optar por pegar o trem em Cusco, a PeruRail faz o transporte; como as companhias aéreas e as de ônibus, o trem tem vários níveis de conforto e valores. Por US$ 142 você faz a viagem de ida e volta num vagão confortável, com direito a várias janelas para observar a vista. Esse trecho dura entre três e quatro horas.

Se quiser passar pelo vilarejo de Ollantaytambo e conhecer a cultura local, a boa ideia é pegar um trem da IncaRail. De Ollantaytambo a Águas Calientes leva-se pouco menos de duas horas e o serviço personalizado é um charme. Ida e volta custam US$ 100.

O caminho até Machu Picchu é um prato cheio para os aventureiros. Muitas pessoas optam por sair de Cusco e ir até Machu Picchu andando pela Trilha Inca. Ela é uma das rotas de trekking mais famosas no mundo, admirada pelos amantes da natureza. São, no mínimo, 42km percorridos em dois ou quatro dias. A vantagem de fazer o trajeto em quatro dias é poder conhecer outros sítios arqueológicos no caminho e ver paisagens muito bonitas.

Para chegar pela trilha é necessário fazer reserva e estar acompanhado de mais uma pessoa.

Quarta Etapa – De Águas Calientes a Machu Picchu

Águas Calientes é o último povoado antes de chegar a Machu Picchu, que tem apenas um hotel. A infraestrutura de Águas é boa e a maioria dos turistas aproveita para passar uma noite por lá e subir para MP bem cedo no dia seguinte.

Entre Águas Calientes e Machu Picchu faz-se o transporte em um micro-ônibus, que leva cerca de 20 minutos até o parque. Esse é o único automóvel permitido nas estradas que levam ao sítio arqueológico e, pela distância do trajeto, custa caro (cerca de US$ 12).

Quem faz a Trilha Inca não tem necessidade de pegar o ônibus, já que o fim da trilha é diretamente em Machu Picchu.