A s empresas não reduziram o preço das passagens:
Nara Franco , Rio |
31/10/2017 às 11:53
Os passageiros sempre são prejudicados
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As novas regras para despachar bagagem em avião deixou muita gente confusa na hora de viajar. É importante lembrar que desde o dia 14 de março de 2017 entraram em vigor as novas regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e cada companhia pode decidir se faz ou não a cobrança.
Bagagem de mão de até 10kg não tem custo adicional. Já para bagagem despachada, a média de preço para até 23kg varia de R$30 a R$80, dependendo da companhia aérea.
Outra mudança foi em relação a indenização em caso de extravio de bagagem. Se o voo for internacional, a companhia deverá reembolsar as despesas de até no máximo 1.131 DES (em torno de R$ 5.300) e o valor poderá ser pago em até 14 dias. No caso de voos domésticos, o prazo foi reduzido para sete dias.
No entanto, não há consenso em relação às novas regras. A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados realiza hoje, 31, audiência pública para discutir o fim da franquia de bagagem em voos nacionais e internacionais. O debate foi proposto pelo deputado César Halum (PRB-TO), que lembrou que a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) afirmava que o fim da franquia de bagagem resultaria em redução do valor dos bilhetes aéreos.
“Na prática, a resolução liberou as companhias aéreas para estabelecer suas próprias políticas de cobrança pelas malas despachadas”, afirma o parlamentar, acrescentando que, na sua opinião, as empresas não reduziram o preço das passagens:
“O consumidor está pagando para despachar suas bagagens separadamente, o que aumenta efetivamente o valor da passagem. Ademais disto, não há clareza quanto às regras a serem aplicadas à cobrança efetivada”.