Uma das histórias relata a ida de uma jovem à Austrália. Depois de horas de vôo e sofrendo com enjôos, tudo que ela queria era chegar ao hotel e descansar
NF , Rio |
04/09/2017 às 19:46
Donald Trump
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Os americanos estão sofrendo tanto com o presidente Donald Trump que nem mesmo quando viajam conseguem escapar das trapalhadas do político. Esta semana o site Mashable mostrou como os residentes nos EUA estão lidando com perguntas sobre o jeito no mínimo estranho de Trump governar.
O site traz relatos de viajantes de pessoas que sofreram para explicar como o ex-apresentador de TV e empresário chegou à presidência. Da Tanzânia a Israel, os americanos vêm sofrendo bulliyng por conta das excentricidades de seu presidente.
Uma das histórias relata a ida de uma jovem à Austrália. Depois de horas de vôo e sofrendo com enjôos, tudo que ela queria era chegar ao hotel e descansar. No entanto, a primeira frase que ouviu do agente de imigração foi: "fugindo do Trump, hein?". Em seguida, no táxi, passou pelos menos 10 minutos ouvindo motorista listar os principais defeitos do político.
Para nós, brasileiros, que lidamos com o bullying há mais tempo, tendo que até hoje responder que não há leões e macacos na rua (nem falamos de nossos políticos porque essa é uma missão impossível), é engraçado ver os americanos passar vergonha em viagens internacionais. Nada de revanchismo nisso, mas é irônico saber que os antes prepotentes cidadãos do Tio Sam estão com vergonha de exibir seus passaportes.
Mas a situação piora mesmo quando se trata do México. De acordo com o site, por lá as piadas deixam de ser engraçadas para virar ofensas. Como o presidente prometeu erguer um muro na fronteira entre os dois países, os mexicanos não estão sendo tão hospitaleiros quanto antes. Um rapaz relata que, ao ir trabalhar em Cancun, recebeu uma nota de 100 pesos com os seguintes dizeres: "isso é tudo que ele vai ter para construir o muro".
Em um hostel em Tijuana, um outro ovem conta que não foi atendido pela recepcionista por estar vestindo a camisa de um time de futebol americano. Pediu ajuda com a bagagem e recebeu um sonoro não.
No Canadá, no entanto, o clima está mais ameno. No dia da eleição, após a vitória de Trump, um bar distribuiu uma rodada dupla de whisky com pena dos americanos presentes. As histórias se repentem no Japão, na Alemanha, Israel.
Sorte dos americanos que este ano não há nenhuma competição internacional do porte de uma Olimpíada. No Pan 2007, quando Bush jogava os americanos contra o mundo, vi a delegação americana ser sonoramente vaiada no Maracanã. Se fosse hoje em dia, acredito que os americanos receberiam aplausos e de pé.
A matéria original pode ser lida aqui: http://mashable.com/2017/09/02/trump-americans-abroad-us-politics/