É um dos eventos mais interessantes do calendário turistico de Ilhéus
Da Redação , da redação em Salvador |
05/01/2017 às 22:24
PUXADA DO MASTRO
Foto: Gidelzo Silva
A festa da Puxada do Mastro de São Sebastião, que é realizada historicamente em Olivença, estância turística do município de Ilhéus, terá início nesta sexta-feira, 6 de janeiro, com shows de bandas musicais Paulinho Xôxô e Baru Imperador, a partir das 20h30min, na praça Cláudio Magalhães. O evento é organizado pela própria comunidade, com o apoio da Secretaria de Turismo (Setur).
A programação religiosa inclui a celebração de missa, às 19 horas, na Paróquia Nossa Senhora da Escada, um dos mais importantes monumentos arquitetônicos de Ilhéus. De acordo com informações da Setur, no sábado, a partir das 20 horas, também na praça Cláudio Magalhães, haverá shows musicais com as bandas Som do Skulacho, A Rapazziada e Pagofunk.
No domingo, dia 7, a Puxada do Mastro conta com alvorada por volta das 5 horas. A programação incluiu atos religiosos (bênçãos) e indígenas (poracy). Às 7 horas, os machadeiros participam de uma feijoada e, na sequência, seguem para a mata de Ipanema com o objetivo de trazer o mastro. A previsão é que o cortejo popular chegue a Olivença por volta das 17 horas. A programação musical, no domingo, terá início a partir das 16h30min, com as bandas Proibida, Bombadão e Tony Canabrava.
Tradição - A Festa da Puxada do Mastro de Olivença é conservada por descendentes de índios, negros e brancos. Devido ao processo de miscigenação, são os caboclos de Olivença que mantêm a fé com o objetivo de preservar os diversos rituais do evento para as gerações futuras. Segundo o historiador Erlon Fábio Costa, a Puxada do Mastro teve início no século XVI, com a Corrida de Toras, evento que integrava uma série de representações religiosas alimentadas pelos indígenas da região. “A partir do século XVIII, passamos a ter a festa com a configuração que chegou até os nossos dias”, disse. O mastro, principal símbolo da festividade e utilizado pela Igreja Católica para sustentar bandeiras de santos em frente aos templos, serve para demonstrar a resistência da comunidade indígena no que tange aos seus inúmeros aspectos culturais.