Interditado para obras de recuperação, o Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, teve sua fachada danificada na noite desta sexta-feira (23). Imediatamente após a ocorrência, técnicos da Secretaria do Turismo (Setur) - órgão responsável pelas obras - se deslocaram até o equipamento para iniciar os estudos que vão apontar as causas do incidente e estabelecer o reinício da reforma. 

Os secretários do Turismo (Setur), José Alves; da Segurança Pública (SSP), Maurício Barbosa; e da Casa Civil, Bruno Dauster foram ao local para acompanhar de perto o trabalho das equipes técnicas da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, coordenadas pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Francisco Teles. O local continua interditado e os bombeiros devem inspecionar a área durante toda a madrugada deste sábado (24). Duas pessoas tiveram ferimentos leves, mas passam bem após atendimento médico.

O trabalho conjunto do Governo do Estado tem como objetivo assegurar a retomada das obras de recuperação do Centro de Convenções o mais rápido possível, garantindo a reabertura do local. O Congresso Internacional de Odontologia da Bahia (Cioba), que está na pauta do Centro de Convenções em novembro, pode ser transferido para outro local, em Salvador, caso as melhorias não sejam concluídas até a data do evento. 

"Desde o inicio da prospecção desse evento havia o plano A, que era o Centro de Convenções, e o plano B, que pode ser a Arena Fonte Nova", assegurou o secretário José Alves.

FALA O SECRETÁRIO

O secretário de Turismo, José Alves destacou que o local  estava interditado e disse que uma avaliação mais detalhada do caso será feita somente neste sábado (24). "É importante falar que o prédio estava interditado, estava em obras, não estava tendo nenhum tipo de atividade comercial no prédio. O que estava tendo era atividade de reforma. De uma forma ou de outra, aconteceu um infortúnio e esse infortúnio a gente nunca deseja, mas aconteceu em horário que não afetou a ninguém. É apenas o prejuízo físico", afirmou o secretário.

Segundo ele, uma avaliação ainda está sendo feita, mas como é noite, ainda não se pode ver com detalhes o que aconteceu. "Caiu a parte da frente. A gente até tentou fazer uma avaliação maior, mas por questão de segurança não adentramos o prédio", acrescenta.

Alves afirmou que a parte afetada não estava em obras. Ainda não se sabe o que causou o desabamento. "Essa avaliação mais precisa, mais detalhada, será feita amanhã durante o dia. Para poder a gente ter um parecer técnico preciso. Tudo que for falado aqui agora não vai ter uma precisão técnica. Amanhã vamos avaliar durante o dia junto com nossos técnicos para poder tomar uma decisão do que vai acontecer", finaliza. 

O major Ramon Diego, comandante do 3º Grupamento dos Bombeiros, afirmou que foi feito um isolamento de 150 metros no local do acidente. Ele afirmou que os bombeiros ao chegarem no local socorreram logo os dois feridos, que não tiveram maior gravidade, e fazem análise, com a Defesa Civil, para saber se há risco de colapso. "Estamos analisando o risco", afirmou.