Palaces dos grandes carnavais e do famoso restaurante no primeiro andar
Tasso Franco , da redação em Salvador |
04/09/2016 às 18:50
Hotel Palace em reforma final
Foto: BJÁ
Anuncia-se para 1º de novembro próximo a inauguração do Palace Hotel da Rua Portas de Santa Luiza, no centro de Salvador, em regime de 'sotf opening'. Empreendimento do grupo comandado por Antonio Mazzafera, o hotel deve dar uma nova vida ao centro da capital baiana que ficará ainda mais incrementado com a inauguração do Fasano, em 2017.
Inspirado no Flatiron Building, de Nova York, o Palace Hotel ocupa um quarteirão e divide a primeira rua do Brasil, a Portas de Santa Luzia, com a do Tesouro e a Da Ajuda. Está quase secular - tem 81 anos de existência - e marcou época na cidade nos anos medianos do século passado, sendo o primeiro camarote carnavalesco da cidade.
O Palace Hotel – que passará a se chamar Fera Palace Hotel – recebeu artistas internacionais, Seleção Brasileira e até soldados americanos durante a Segunda Guerra. Ele era referência de luxo. São mais de 6 mil m². As obras começaram em setembro de 2014 e devem ser finalizadas em outubro.
As memórias dos tempos áureos ainda estão na arquitetura interna e externa do edifício, que está sendo restaurado pela mineira Fera Investimentos. A escada já foi restaurada, mas ainda é de mármore. No 1º andar, um grande salão, agora com colunas novas para reforçar a infraestrutura vai abrigar o salão de eventos. No passado, era onde funcionava o restaurante.
O Hotel Palace foi inaugurado em 1934, construído pelo comendador Bernardo Martins Catharino. Era referência de diversão e luxo até meados da década de 70 e foi fechado há pouco mais de dez anos.
Nós, jornalistas que trabalhamos no centro da cidade nos anos 1960/1990 frequentamos muito o restaurante do Pálace no primeiro andar e seus bailes carnavalescos. Sempre foi um restaurante classudo mesmo quando o hotel já estava em decadência. Os garçons eram gabaritados, usavam smoking e tinha categoria no trato aos clientes.
No térreo havia a Loja de Sêo Adamastor onde comprávamos nossos ternos para o trabalho nas redações. (TF)