Rede hoteleira a beira da falência
Sara Barnuevo , Salvador |
03/06/2016 às 15:28
Melhor desempenho do Itapuã Stella
Foto: DIV
A rede hoteleira de Salvador apresentou em maio taxa média de ocupação de 40,44% e diária média de R$ 236,28, resultando em um Revpar (indicador ponderado de desempenho) de 95,55. Esta taxa de ocupação corresponde à mais baixa dos últimos 5 anos, período em que a pesquisa Taxinfo teve início. Comparando-se com o desempenho do
mesmo período do ano anterior, verifica-se uma piora considerável na taxa de ocupação, que passou de 49,84% em maio de 2015 para 40,44% em maio de 2016.
Com relação a abril de 2016 - considerado um dos piores da história da hotelaria soteropolitana – também observa-se uma queda na taxa de ocupação (que passou de 43,11% em abril para 40,44% em maio).
Dos quatro Polos hoteleiros da cidade coube ao de Itapuã-Stella Maris o melhor desempenho, seguido pelos
hotéis da Barra/Rio Vermelho, Centro/Pelourinho e Stiep/Pituba.
As informações da Infraero sobre o movimento de passageiros no aeroporto da capital revelam que a queda no movimento de passageiros em Salvador entre janeiro e abril de 2016 (16,8% menos passageiros do que no mesmo período de 2015) foi muito mais profunda do que a crise revelada na rede Infraero nacional (menos 8,4% de passageiros nos primeiros quatro meses de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior).
“A situação é dramática. Se não houver respostas urgentes no que se refere à definição da data de reabertura do Centro de Convenções e campanhas de mídia efetiva no Brasil e no exterior, outros hotéis deverão fechar suas portas e mais demissões ocorrerão. Até o momento ainda não tivemos a divulgação da programação do São João o que poderia representar um alívio para a hotelaria”, pondera Glicério Lemos, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - seção Bahia (ABIH-BA).
Diária – Com relação à diária média, verificou-se um acréscimo de 12,1% nessa taxa, passando de R$ 210,77 em maio de 2015 para R$ 236,28 em maio de 2016, resultado este superior à inflação do período, estimada em cerca de
10%. No comparativo com o mês anterior (abril de 2016) há uma ligeira melhora na diária média, que passou de
R$ 225,51 para R$ 236,28, em maio de 2016.