Turismo

Fortes de Salvador são transformados em espaços culturais atrativos

Fica mais interessante visitar os fortes dessa maneira
Sara Barnuevo , Salvador | 10/05/2016 às 15:56
Fortes com atrações culturais de qualidade
Foto: Aninha Franco
Quatrocentos anos após serem erguidos para proteger Salvador das invasões inimigas, duas das
mais importantes fortificações da cidade reabrem totalmente reformadas e como os mais novos centros culturais da capital baiana. Os fortes Santa Maria e São Diego, localizados na orla da Barra, passam a abrigar exposição permanente das obras do artista plástico Carybé e do etnólogo e fotógrafo Pierre Verger. 

A Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), investiu mais de R$ 5,2 milhões nas obras de restauro dos espaços e na implantação das exposições, transformando os locais nos mais modernos centros culturais do país.  “Esta é mais uma demonstração de fortalecimento dada pelo Prefeito ACM Neto ao nosso patrimônio e contribuindo para o turismo de Salvador. É também uma homenagem
que a Prefeitura presta a estes grandes ícones – Pierre Verger e Carybé, que vivenciaram a nossa cidade e a projetaram além das fronteiras do país”, destaca o secretário da Secult, Érico Mendonça. 

Com inauguração marcada para esta quinta-feira, dia 12, os espaços Carybé de Artes (Forte de São Diogo) e Pierre Verger da Fotografia Baiana (Forte de Santa Maria) passam a contar com exposição permanente dos artistas e com mostras temporárias e eventos pontuais.  Óculos de realidade virtual, totens interativos e telas de touchscreen promovem a interatividade nos dois museus. 

À noite, imagens do acervo serão projetadas na técnica de vídeo mapping, nas fachadas das duas fortificações. Além das exposições, os visitantes vão conhecer a história dos 20 fortes de Salvador, principais
elementos do sistema de defesa da capital colonial do Brasil. “Com a reabertura desses espaços e a sua proximidade ao Museu Náutico (Farol da Barra), cria-se um Corredor Cultural na Barra, que vai promover cultura, arte, história,
entretenimento, turismo e o comércio local, além de dinamizar a região”, frisa Mendonça. 

Os espaços estarão abertos diariamente, inclusive feriados (exceto às terças-feiras), das 11 às 19 horas. O ingresso, com direito à visitação a ambos os fortes, custará R$ 20 (inteira) e terá meia-entrada para estudantes e
pessoas a partir de 60 anos. Os espaços contarão, ainda, com Café Bistrô e lojas de souvenirs.  A gestão dos equipamentos culturais e a manutenção dos fortes são de responsabilidade do município, enquanto que os sítios históricos permanecem sob a jurisdição
patrimonial do Exército Brasileiro, que assinou contrato de cessão de uso
gratuito de áreas com a Prefeitura de Salvador


Conheça as exposições:

Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana (Forte de Santa Maria)  – Projeto dedicado à fotografia baiana, destacando o trabalho de Verger e de mais 56 fotógrafos. Conta com uma Exposição Permanente, dividida em seis
eixos principais: Retratos (mostrando as primeiras fotografias feitas na Bahia, retratos de personalidades importantes), Paisagens Urbanas (fotos de ruas, bairros e pontos diversos da cidade), Cultos Afro-Brasileiros (mostrando vários momentos cerimoniais), Interior da Bahia (projeção de imagens editadas e
musicadas, mostrando as diversas regiões do Estado), Cenas do Cotidiano (capoeira, carnaval, festa de largo...), e Fotografia Contemporânea (ensaios de fotógrafos que mostram um extrato diverso e de vanguarda da cena fotográfica local). A idealização do projeto e curadoria da exposição é de Alex Baradel, com co-curadoria de Celia Aguiar, o desenvolvimento tecnológico da Movie.Game Estúdio e o projeto expográfico, de Fritz Zehnle Júnior e Rose Lima.

Espaço Carybé de Artes (Forte de São Diogo) -  É um centro tecnológico de referência da vida e obra do artista, demonstrando através de recursos de mídia digital e realidade virtual, a grandeza artística deste homem e sua importância dentro das mais diversas técnicas e linguagens utilizadas. Um conjunto de nove
projetores colorem o espaço com desenhos de Carybé que surgem e desaparecem nas
paredes internas do forte. Personagens do artista modelados em 3D são controladas e animados pelo visitante com seu próprio corpo, através da programação de software que utilizará o kinect, de modo a reconhecer quando um visitante está diante da projeção, replicando na projeção seus movimentos. A curadoria é
de Solange Bernabó, e o projeto expográfico, da empresa Blade Design (Joãozito
Pereira e Lanussi Pasquali).