Turismo

CARNAVAL Maragogipe sobrevive e ainda atrai turistas de vários locais

Prefeita Vera Lúcia quer mais apoio
Da Redação , Salvador | 12/02/2016 às 16:31
Fantasias estilo Veneza são muito usadas em Maragogipe
Foto: Ascom IPAC
  O Carnaval de Maragojipe sobrevive apesar da crise. A prefeita Vera Lúcia Maria dos Santos desta que ainda é necessário maior aporte financeiro para as atrações, infraestrutura e  logística, que pode ser prospectado via recursos públicos ou da iniciativa privada.

   “Anualmente, recebemos turistas locais, nacionais e internacionais”, relata o coordenador de Turismo de Maragojipe, Fábio Nascimento. Os turistas chegam de carro, ônibus e até  barcos que aportam no cais da Baía do Iguape, integrante da Baía de Todos os Santos. A prefeita destaca o tempo para a criação e produção das fantasias e adereços, a participação de costureiras e artesãos, bandas musicais, charangas e outras manifestações
 populares. 

  “A produção acontece durante o ano todo e não somente no carnaval”, comenta Vera Lúcia. Isso transforma a cidade em um pequeno polo de produção de arte, artesanato e pintura.

RIQUEZA CULTURAL 

Desde 2009 o Carnaval foi decretado Patrimônio Imaterial, via Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da secretaria de Cultura do Estado (SecultBA). “Maragojipe carrega a história
 do Recôncavo e, por isso, exibe culturas diversas nas suas expressões”, explica o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira. Segundo ele, a ocupação portuguesa do local data de 1520 e a africana do século XVII. “Isso sem contar que já existiam indígenas
 e, dezenas de anos antes, ocupação mais primitiva ainda”, diz João Carlos.


Para o diretor do IPAC a riqueza do Carnaval de Maragojipe está em reunir essa diversidade cultural em um festejo que já dura mais de 100 anos. “A festa de Maragojipe ainda conserva influências de
 cantigas e instrumentos musicais africanos e indígenas, além da tradição de máscaras e fantasias bem elaboradas, que remete ao carnaval europeu veneziano”, destaca o dirigente estadual. Neste ano, a SecultBA repassou R$ 223 mil de investimento para a festa.


 


PROJETO –
O IPAC repassou R$ 120 mil para assegurar elementos tradicionais da festa. E o Edital de Agitação Cultural R$ 103 mil para o projeto ‘Matrizes’ que durante seis meses promove seminários,
 oficinas, capacitação e exposição do festejo. A ideia é que com a promoção e divulgação permanente dessa festa singular, o trade turístico nacional se interesse cada vez mais por esse destino integrando os roteiros de verão.