Berlim tem aproximadamente 4 milhões de habitantes e seduz por sua história dramática
Tasso Franco , da redação em Salvador |
21/11/2015 às 10:51
Catedral da cidade, um dos pontos turísticos mais visitados
Foto: BJÁ
A Dica Turística da Semana vai para Berlim, a capital da Alemanha.
Pode não ser a mais charmosa capital europeia e não é, mas, tem uma história assustadora e incrível que se inicia no ano de 1244 quando aparece pela primeira vez num documento oficial e tornou-se o centro de duas guerras mundiais.
Ao longo de 800 anos de história seduz seus visitantes sobretudo porque foi o comando do III Reich de Adolf Hitler, na II Guerra Mundial, e todo mundo quer saber detalhes desse acontecimento quando se visita a cidade, quase toda destruida por bombardeios, em 1945.
Diria que é o maior atrativo. Como foi possível se reconstruir, como viveu dividida por longos anos entre Ocidente (aliados norte-americanos, ingleses e franceses) e Oriente (União Soviética) e separada por um muro, e como resistiu a todos tornando-se, hoje, uma cidade única, livre, democrática.
A cidade nasceu para ser a cabeça da Alemanha desde quando, em 1701 tornou-se a capital do Reino da Prússia.
Quando Friederich II foi coroado rei em 1740, Berlim se tornou centro expoente de grande influência cultural e intelectual.
Frederico, conhecido como Frederico, o Grande, depois de duas vitórias contra Maria Tereza da Áustria (1756-1763) expandiu seu reinado até as proximidades do território da Polônia e promoveu grandes reformas na administração e na justiça, aboliu a tortura e modernizou a cidade.
Construiu nos arredores de Berlim um palácio Neues com 300 salas e quartos em Sans Souci, onde há, também um imenso parque, hoje, local de visitação turística,.
A Porta de Brandenburgo, o mais famoso monumento da cidade, e que foi a referência - o marco - de divisão das duas Alemanhas após a II Guerra Mundial data de 1791.
Um dos bairros mais conhecidos da cidade, o de São Nicolaru (Nokolaiviertel) foi destruido durante a II Guerra Mundial e reconstruido ao seu desenho original do século XIII, durante a celebração dos 750 anos da cidade, em 1987.
Situado a Sudoeste da Prefeitura Vermelha (Das Rote Rathaus) esta área de caracteriza por ruas estreitas, onde também se encontra o Ephraim-Palais, mansão do estilo rococó.
Outra atração turística imperdivel é visitar a Ilha dos Museus onde se situam o Museu Antigo, Antiga Galeria Nacional, Museu Bode, Museu Pérgamo e o Museu Novo . Iniciada por Friederic Wilhelm IV a ilha visou criar um santuário para as artes entre os rios que correm por trás do Museu Antigo. É tombada pela Unesco como Patrimônio das Artes desde 2000.
Depois da guerra a coleção da famosa escultura egípcia com o busto de Nefertiti encontra-se no Museu Novo. O Museu Pérgamo possui uma das mais valiosas coleções de antiguidades asiáticas.
A Catedral é outro ponto a ser visitado, assim como a Universidade Humboldt, o Memorial da Queima dos Livros, a igreja de Santa Hedviges, o museu do Holocausto, o Museu Judaico, a Gendarmenmarkt, a Porta de Brandenburgo, o bairro Schoneberg, o Muro de Berlim (um pequeno pedaço que ainda existe na parte Oriental), o checkpoint Charlie e a igreja em memória ao imperador Guilherme, conhecida como Igreja da Memória.
Berlim não é um bom lugar para ir as compras. Com a alta do euro e o poder aquisitivo alto do local não vale a pena. Para quem tem capilé de sobra a rua Kurfurstendamm (conhecida popularmente como Ku'damm) é o ponto. São 3.5km de avenida com lojas de grifes dos dois lados, restaurantes, casas de espetáculos e a loja de departamento mais famosa da Alemanha, a Kadewe.
Traumatizada com a II Guerra Mundial, parcialmente destruida pelos bombardeios soviéticos e norte-americanos e ingleses, hoje, Berliem é uma cidade aberta, livre, alegre e com bons lugares para se curtir à noite. (TF)