Turismo

VAL MACAMBIRA e todas tribos forrozeiras fazem a festa no Pelourinho

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Imprensa Gov , Salvador | 23/06/2015 às 08:40
É o São João no Pelourinho
Foto: Elói Corrêa
O forró, em suas diversas vertentes, reuniu todas as tribos em uma só nação junina, no Centro Histórico de Salvador, onde a ordem da noite de segunda-feira (22) foi se divertir. As atrações Calcinha Preta, Val Macambira, Forrozão, Israel Novaes e Cristiano Araújo animaram a festa no Terreiro de Jesus. Nos largos Pedro Arcanjo, Quincas Berro D’Água e Tereza Batista, no Pelourinho, dezenas de artistas fizeram a alegria de famílias, baianos e turistas.

O biólogo Joca Moreira, 29 anos, acompanhado de 15 pessoas, foi ao Largo Tereza Batista dançar o forró, que ensaia com amigos durante o ano. “Temos um grupo de forró, mas nesta época a gente vem se divertir”. Ele diz que começou a dançar para se aproximar das mulheres e vencer a timidez. “Mas acabei me aproximando também da
música e da dança”. 

Pedro Arcanjo e Quincas Berro D’Água

No Largo Pedro Arcanjo, o professor Tiago Cropalato, 33, e a namorada Adriana Lima, 22, técnica em edificações, ambos moradores do bairro da Mata Escura, tiraram a noite para dançar, com mais cinco amigos, ao som do grupo Zabumbaião e outras atrações.

 “Este ano não viajei e vi que a grade de atrações aqui estava muito boa. Eu optei por vir ao largo porque  o ambiente é muito bom”, observa Tiago. Adriana afirma que não ficou triste por não viajar este ano. “Geralmente vou para o interior, mas a festa [e] a programação do Pelourinho estão ótimas. Vamos voltar amanhã ou depois”.

Recorde a
ser batido

Viviane Castro, 27, moradora da Caixa D’Água, afirmou que sabe cantar de cor todas as músicas do Calcinha Preta, que se apresentou no Terreiro de Jesus. “Eu vim hoje só para dançar e volto amanhã [terça, 23]. Este ano, a festa está muito organizada”. 

O cantor Marlus Viana, do Calcinha Preta, contou que a banda sergipana tem 20 anos de estrada e Salvador faz parte dessa história. “Nosso maior show foi [na capital baiana], onde gravamos nosso DVD, com mais de 100 mil pessoas [presentes], um recorde a ser batido”.  

O forrozeiro Val Macambira, da Paraíba, tem 30 anos de carreira. “Sou figura carimbada no Pelourinho. Toco
aqui há cerca de oito anos. Este forró está maravilhoso. [Por meio] da Bahiatursa e da TVE, o Governo do Estado reconhece o valor da nossa cultura”. 

Para Macambira, um dos diferenciais da Bahia é o apoio a quem está começando. “Abrir espaço para os novos é importante. Há ritmos que estão praticamente morrendo por não haver gente nova no mercado. A Bahia e o Nordeste são uma garantia de que as festas juninas não vão morrer”.