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Agecom , Salvador |
04/01/2015 às 22:14
Ed Mota no Farol
Foto: DIV
Mesmo sem apresentar canções com letra ou sucessos da carreira, o cantor e instrumentista Ed Motta cantou no Farol da Barra neste domingo (4), último dia do Festival Salvador Jazz, promovido pela Prefeitura dentro da programação do Réveillon Salvador 2015. canção com letra e nenhum grande sucesso da carreira. Diante do teclado, o artista mostrou um repertório jazzístico acompanhado de outros cinco músicos convidados.
"É fantástica essa iniciativa de trazer a música instrumental para a praça pública, algo que acontece em muitos festivais europeus. Isso ajuda muito a formar plateia para o jazz", afirmou o artista, momentos antes de começar o show. “Salvador sempre viveu febres culturais, como no Cinema Novo, pautando todo o país, e fomentar a cultura abre espaço para arte de qualidade que a mídia normalmente espreme", completou Motta.
O sucesso de público foi destacado pelo ex-secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo e novo secretário de Educação, Guilherme Bellintani. "Mais importante do que a grande quantidade de gente que veio à Barra nesses três dias, é a reação positiva do público a uma música tida por muitos como elitista", avaliou. Para o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, o Festival Salvador Jazz quebrou o paradigma de que o baiano só vai a festa de pagode e axé. “Cumprimos o objetivo de ocupar a cidade, tirar as pessoas de espaços fechados e colocá-las nas ruas."
No fim, da apresentação, a plateia já nem lembrava que quem estava ali era o autor de sucessos da música popular. O instrumental de Ed Motta se impôs. O destaque foi a participação especial do maestro Letieres Leite, da Orquestra Rumpilezz – próxima atração a subir ao palco. Ao comando da flauta, o maestro tocou acompanhado também do percussionista Gabi Guedes e do sobrinho guitarrista Felipe Guedes. Os três arrancaram rasgados aplausos do público. “A Bahia é maravilhosa. Vocês têm tudo aqui", exclamou Ed Motta.