A melhor forma de fazer turismo no Brasil é pegar uma avião para o exterior
Tasso Franco , da redação em Salvador |
25/05/2014 às 13:03
Novos quiosques de Copacabana onde uma cervejota em lata custa R$6,00
Foto: BJÁ
O Rio de Janeiro é a porta de entrada do turismo internacional no Brasil e também objeto de desejo da maioria dos brasileiros. Todos querem conhecer o Rio, suas belezas naturais, sua história, seu astral.
Foi no Rio que o Império Português se instalou com Dom João VI, em 1808, e será no Rio a final do jogo da Copa do Mundo, 2014. Mas o Rio é um dos lugares mais caros do país (e do mundo), mais para os visitantes do que para os cariocas, os quais, conhecem os locais onde se pode comprar mais barato.
Ainda assim, todos sofrem, porque se a praia de Copacabana serve aos turistas, também serve aos locais. Nada justifica que os preços dos imóveis na cidade (ex-Maravilhosa) estejam na estratosfera e um apartamento três quartos numa transversal da Av Nossa Senhora de Copacaba custa R$1.300.000,00. Apartamento velho, super usado.
O turista, então, no Rio é tratado como milionário e os cariocas também acabam sofrendo com isso, tanto que o modismo atual na cidade é ir aos lugares levando isopores (isoporzinho), familias e pessoas, com esses objetos contendo bebidas e comidas.
Uma cerveja de 300ml em lata num quiosque de Copacabana custa R$6,00; uma água mineral em copo R$4,00; e uma caipirosca R$12,00. Se você atravessar o calçadão e for ao supermercado compra a cerveja por R$1.70 a água por R$0,90 e uma garrafa de Smirnoff por R$30,00.
Há de se dizer que já não se toma tanto choppinho como antigamente nos barzinhos do Rio. Nos pés-sujos (bares onde se bebe no balcão, em pé) a cerveja de 750ml custa R$5,00. O choppinho está por R$8,80. Santa Copacabana! Isso é real. Nos restaurantes típicos, no centro, na Carioca, na Uruguaiana, não se come por menos de R$70,00 prato para duas pessoas.
Recentemente estive no México. A Cidade do México é 4 vezes maior do que o Rio. Tudo longe. Mas, os preços no México são a metade dos cobrados no Rio. O metrô na cidade do México custa R$2,00. No Rio, R$3,50. No México, um coma kilo de boa qualidade (Sambrosa, rede) custa R$15,00; no Rio, (Aipo, rede) custa R$35,00.
En Cancún, centro internacional de turismo, do aeroporto ao hotel paga-se R$20,00 de táxi e R$1.30 de ônibus (Rota 2). No Rio, do Galeão para Copacabana custa R$125,00 e de ônibus é perigoso porque podem levar sua mala.
Poderia dar outros exemplos da carestia no Rio de Janeiro cidade que vai receber milhares de turistas na Copa. Os hotéis, então, os preços são ao nível da lua e os passeios turisticos caríssimos.
Então, meu caro, se você vai ao Rio, leve uma sacola cheia de dinheiro. Ou então, faça como a maioria dos brasileiros, vá passear na América Latina, nos EUA e na Europa.
Veja o seguinte: para uma viagem a Tampa, St Pete e mais uma cidade norte-americana a partir de Miami custa o aéreo R$2.750,00. É o preço que se paga de Salvador a Porto Alegre, a depender do horário, só de ida.
Com o dólar mais barato, os brasileiros deixaram US$2.34 bilhões no exterior em abril último, dinheiro que poderia estar circulando no Brasil se os nossos preços fossem mais baratos.
Salvador é outra injúria. Tudo muito caro. O que justifica a TAM cobrar um bilhete Salvador-Rio R$200,00 (voo 6 da manhã), R$400,00 (voo das 11h) e R$1.300.00 (voo às 17h). É melhor voar para Buenos Aires ou pra Miami. Ou então sair de Salvador ir ao Chile com voo direto (5h) com preços bem mais baratos.(TF)
