Vale a pena conhecer o México: bom, barato, com cultura que impressiona e infra-esturutra turistica de boa qualidade. Tudo funciona e bem.
Tasso Franco , da redação em Salvador |
06/05/2014 às 11:04
Cancún: Coco Bongo a casa de shows mais badalada da cidade
Foto: BJÁ
Encerrei minha viagem de 12 dias ao México na cidade de Cancún. Saindo de SP fui direto a Cidade do México (centro do país) e depois segui para a região Sul (antiga zona campesina da Revolução de Emiliano Zapata,1910), região sandinista e do comandante Marcos (décadas de 1970/80) seguindo em jato da Embraer até Tuxtla Gutierrez, a capital do estado de Chiapas, portão de entrada da cultua maya.
Daí, de ônibus, até San Cristobal de las Casas, rumando mais ao sul para Palenque, Mérida e Cancún cidades que ficam na Península de Yucatán constituida por três estados - Tabasco, Yucatán e Quitana Roo.
Uma viagem com três paisagens e duas culturas pré-hispânicas (ou pré-colombianas) a dos astecas e a dos mayas (predominantes) com seus impressionantes sitios arqueológicos, alguns dos quais, motivaram um livro escrito em 1968 pelo suíço Erich von Däniken, em que o autor teoriza a possibilidade das antigas civilizações terrestres serem resultados de alienígenas (ou astronautas) que para as épocas relatadas teriam se deslocado para esses sitios.
Do México central ao Sul, visualiza-se a paisagem do México-Tenochtitlan, a origem, a fonte do poder, a Nova Espanha, região dos vales (lacustre) de Anáhuac (alguns monumentos da cidade do México estão afundando porque a cidade foi construida sobre áreas de lagunas), até Chiapas nas montanhas iniciais da Cordilheira dos Andes, campos de gado, e trechos mais à planicie em Palenque e interior da Península de Yucatán que se assemelham à caatinga brasileira, até o litoral de Palenque e Mérida (Golfo do México) e a Península de Cancún.
BALNEÁRIO
Cancún (ninho de serpentes) fica na costa do estado de Quintana Roo, península que se tornou um dos centros turísticos mais importantes do mundo, tendo conseguido preservar suas belezas naturais e sua cultura ancestral maya como Tulum, Uxmal ou Chichén Itzá, fundadas no período pré-colombiano.
Cancún é uma língua de terra com 22 quilômetros de praias de areia fina (Caribe Mexicano), divididos entre a lagoa Nichupté e o mar. Toda essa franja está ocupada pela rede hoteleira internacional (Marriot, Meridien, Ibero, Nuevo, etc) e essa zona que compreende Cancún e a Ilha das Mulheres foi descoberta por Francisco Hernández de Córdoba, descobridor de Yucatán, em 1517.
Haja história. Mas, o balneário internacional nasceu nos anos 1970, resultado do sonho de um grupo de banqueiros que encontrou um ponto geográfico onde se exploraria o turismo, convertendo seus sonhos em uma realidade de níveis internacionais. Um tsunami quase arrasa tudo na década de 1980 e, hoje, impressiona. São dezenas de hotéis, shoppings com padrões internacionais, restaurantes, bares, um glamour.
Cancún é uma cidade cosmopolita. Uma mescla de habitantes de diversas regiões do México e outros países, isso devido as numerosas ofertas de trabalho que se apresenta no ramo turístico. Há muitos argentinos, brasileiros, colombianos e peruanos trabalhando no local.
Na parte do turismo, os norte-americanos predominam, canadenses, japoneses e os brasis de SP, Goiás, Minas e Mato Grosso. As músicas brasileiras são executadas na Coco Bongo, que é a casa de shows e disco mais badalada da cidade, vê-se a quantidade de pessoas cantando em português Gustavo Lima, Michel Telô, Dinho e até o Lepo-Lepo de Márcio Vitor.
Cancún é, basicamente, um lugar para se descansar, curtir o mar (a água tem sete tons de cores, do verde ao azul escuro), passear na lagoa, na Ilha das Mulheres, praticar esportes náuticos e amar. O lugar é belissimo de onde se olha. O medo é um tsunami. A noite boêmia se concentra na Praça do Fórum onde está a Coco Bongo, La Vaquita, El Congo, etc, casas noturnas da melhor qualidade.
Os ingressos para entrar nessas casas variam entre R$70,00 a R$300,00 (individual) com direito a consumir tequila, Bacardi e cerveja. Baila-se a noite toda, até às 6.
Os turistas usam o transporte público por ônibus Rota 1 e paga-se apenas R$1.20 (10 pesos ou 1 dólar) e os veículos são discotecas ambulantes. Rodam a noite toda e não há assaltos. Detalhe: não há trocadores nos ônibus, nem torniquetes. O bilhete é pago ao motorista na entrada do veículo. O aeroporto é internacional e há voos charter para os EUA todo o ano.
As praias não tem vendedores ambulantes e os longues e cadeiras de praia dos hotéis ocupam os espaços com seus serviços de garçons. Algumas piscinas dos hotéis ficam à beira. O único camarada que importuna o turista é um pássaro preto chamado quiscal que, se você der bobeira, ele leva seu tira-gosto no bico.
HISTÓRIA
Cancún se localiza a uma distância de uns 370 km da capital do estado Quintana Roo, a cidade de Chetumal a 70 km de Playa del Carmen e limita a leste com o Mar do Caribe, ao norte com o município de Isla Mujeres, ao oeste com o município de Lázaro Cárdenas, e ao sul com o município de Solidaridad. A extensão do município Benito Juárez é de 1664 km² e conta com 22 km de costa.
Cancún se encontra localiza ao noroeste da Península de Yucatán, e pela costa se pode observar claramente Isla Mujeres, posicionada ao leste, a 7 km de distância na chamada Baía de Mujeres, zona que cruzam diversos barcos e lanchas que transportam todo o dia os moradores da ilha até a parte continental.
Fernando Martí Brito, cronista oficial de Cancún, inicialmente dividiu Cancun em três zonas, ou três "Cancunes", geográfica e socialmente falando. Atualmente, Cancún se encontra dividida em cinco zonas principais, perfeitamente identificáveis para o governo municipal e a sociedade cancunense:
A primeira e mais importante é Isla Cancún ou Zona Hotelera, onde se concentra a maior parte das praias e atividades turísticas por que é reconhecido por este destino. Isla Cancún, é uma terra na forma de "7", com uma extensão de 22 km.
A ilha, que abriga a maior parte dos hotéis e praias, também de zonas residenciais e o campo de golf Pok Ta Pok, está unida ao continente por três pontes: a ponte Calinda no km 4, a ponte de Club Med no km 20 e a ponte Nizuc no km 22. A zona hoteleira rodeia no interior do "7" no sistema da Laguna Nichupté, composto de sete corpos de água: Laguna Bojórquez, Cuenca del Norte, Cuenca Central, Cuenca Sur, Río Inglés, Del Amor, e Laguneta del Mediterráneo.
A segunda é o centro da cidade, a zona urbana onde habita o grosso da população cancunense e se encontra dividido em colonias, fracionamentos, superquadras ou regiões, zonas regulares perfeitamente delimitadas por ruas e avenidas pavimentadas, que contam com os serviços básicos de eletricidade, água potável, serviço telefônico e drenagem. Aqui se localizam a maior parte das instituições políticas, educativas, culturais e de serviços da cidade.
Puerto Juárez
A terceira zona, chamada anteriormente Tamtamchen, encontramos duas docas principal para embarcar e cruzar a Isla Mujeres, localizada a 7 km frente ao porto, que se dedica principalmente à pesca. Possui restaurantes onde se pode desfrutar frutos do mar fresco.
Puerto Juarez está dividido em três locais (áreas urbanas delimitadas pelo governo municipal): o superbloco 86, que abriga a divisão Villas Playa Blanca e alcança as ruínas de El Meco , apenas na ponta o município de Isla Mujeres.