Vale a pena dar um passeio pela principal avenida da cidade e pelo centro histórico de charrete ou carruagem
Tasso Franco , da redação em Salvador |
02/05/2014 às 21:15
Moderno e tradicional. Na praça, povo nos bancos do jardim e casal na conversadeira
Foto: BJÁ
Mérida é a capital e a maior cidade do estado do Yucatán, México. localizada no sudeste do país com 1 milhão de habitantes considerando sua área metropolitana, que incluem os municípios de Kanasin e Uman.
Foi fundada em 1542 no local das ruínas da antiga cidade maya de T'Hó, 7 anos antes da chegada de Tomé de Souza para erguer a fortaleza de Salvador. Tem, portanto, muita história e a melhor qualidade de vida do sul do México.
A rede hoteleira é internacional e passeia-se pelo centro histórico até altas horas da noite, sem sobressaltos. A pedida para fazer um recorrido (paseio) pela principal avenida com casarões de arquitetura francesa e centro histórico é utilizar uma caleza (charrete), algo em torno de 60 minutos a preço de R$60,00.
Cada caleza pode conduzir até 4 pessoas e todas elas são enfeitadas com flores e decoradas nos mais diferentes estilos. Algumas parecem carruagens européias que conduziam os nobres no período do renascimento. Você não entende quase nada do que o guia fala, o próprio condutor da charrete, mas, o passeio vale pelo inusitado.
Em tempo de defesa dos animais esse é o tipo do equipamento (JH até tentou colocar em Salvador) que não vinga na capital baiana. Mas, em Mérida, ninguém se incomoda com isso. Há regras para tratar os animais e são dezenas delas na cidade.
CIDADE BRANCA
Mérida é também conhecida como a Cidade Branca pela cal utilizada para pintar as suas paredes e fachadas da época colonial até o século XX, resultante da queima do carbonato de cálcio do calcário. Nessas residências brancas moravam os estrangeiros (espanhós e depois franceses) para diferenciar das residencias dos nativos mayas.
Foi fundada pelo espanhol Francisco de Montejo seu pai, filho e sobrinho, conquistadores de Yucatán. Por sinal, muito cultuado.
Mérida foi nomeada em 2000 Capital Americana da Cultura em virtude de sua vocação e que deu um impulso considerável para atividades culturais. A cidade já sediou duas reuniões Estados Unidos - México, a primeira em 1999, e a segunda em 2007.
Em recentes reuniões científicas internacionais também foram realizadas na cidade de Merida: a Olimpíada Internacional de Matemática em 2005, a Olimpíada Internacional de Informática em 2006 e a Olimpíada Internacional de Física em 2009.
CENTRO HISTÓRICO
Parte da arquitetura colonial da cidade nos século XVII e XVIII, pode ser visto no centro da cidade. Durante este período, a fim de proteger a cidade dos levantes indígenas propôs um plano de gabinete, que teve lugar apenas a parede que cerca a cidade, com entradas ou arcos.
Atualmente, apenas mantém o arco do Distrito de San Juan e os arcos e da Ponte dos Dragões no Bairro de la Mejorada.
Durante o século XIX e início do século XX foi um processo de "influência francesa" na arquitetura urbana, que se constituía nas casas antigas construídas na época do Paseo de Montejo muitos dos quais ainda existem. O ano do "boom" do ouro verde, e mais tarde no século XIX, foi uma época de afluência de Mérida. A situação de bonança ajudou a cidade que tinha luz elétrica e bondes, antes de muitas outras cidades.
Hoje é uma cidade de serviços além de portuária. Situa-se em Mérida a melhor escola superior de medicina do México e cursos de alta qualidade em física e matemática. Seria assim como Cambridge, uma cidade universitária de alto padrão.
No seu centro histórico na praça emoldura pela catedral de São Idelfonso (1598), uma das mais antigas das Américas, a população lota a praça e senta-se nos bancos do jardim. Curioso é que neste local tem várias "namoradeiras" cadeiras no estilo francês do século XVIII onde os jovens sentavam para conversar e namorar nas residências européias.
Há uma dessas cadeiras em Salvador no IGHB. A única que conheço. As de Mérida são de ccimento e bastante disputadas pelos casais.
