O último dia de festa nesta terça-feira (4) deixou um gostinho de saudade nos foliões que aproveitaram os seis dias de festa no Circuito Batatinha (Centro Histórico). Com quase 20 apresentações diárias de bandas de fanfarra, marchinhas de Carnaval, grupos percussivos e uma variedade de manifestações culturais que já fazem parte do berço cultural da Bahia, as pessoas se despediram de mais um ano de festa.

E não foio só quem esteve atrás dos blocos que lamentou pelo último dia da folia, mas também quem participou dos grupos que fizeram a alegria da multidão. Foi o caso de Edson Santos Conceição, 42 anos, integrante do bloco afro Filhos de Jhá. “Foram dias de muita alegria, apesar de eu estar do lado de cá (tocando). Pra mim é um momento de diversão também e, ano que vem, espero estar aqui novamente”.

Como mora no bairro de Nazaré, Helane Araújo, 48 anos, sempre deu prioridade ao Circuito Batatinha tanto pela comodidade de poder ir a pé, como também pela tranquilidade que o espaço representa para a família. “Aqui eu não tenho do que reclamar, participo todos os anos com meus filhos e não vejo bagunça. Esse tipo de Carnaval é perfeito pra quem tem famílias e não gosta muito de aglomeração”.

A baiana de acarajé Iara dos Santos, 27 anos, trocou a bancada dos famosos quitutes pela caixa de isopor e vendeu cerveja, água e refrigerante. Essa foi a primeira vez que ela trabalhou como ambulante, mas garantiu que o resultado foi positivo. “Foi ótima a experiência, eu vendi bem e aproveitei para curtir também a programação daqui”.

Dentro do bloco Paió de Rua, Bianca Conceição, 18 anos, mostrava os passos ensaiados nos meses que antecederam o Carnaval. Estudante da Escola de Dança da Fundação Cultural da Bahia, Bianca aprovou o primeiro ano de desfile no Pelô. “Valeu muito a pena, fica um sentimento de dever cumprido nesses sete dias desfilando e levando alegria a quem acompanha a festa”, salientou.