Turismo

Exposição de mamíferos aquáticos do Surf Eco Festival é atração

A mostra foi realizada pelo Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA) para cerca de 200 crianças de uma escola municipal
Lab da Noticia , da redação em Salvador | 18/10/2013 às 11:52
Em Itacaré, no Eco Suf, mostra de mamíferos aquaticos
Foto: Mário Rodrigues
As atividades ecológicas no Surf Eco Festival continuam a todo vapor. Cerca de 200 alunos da Escolas Municipal Maria Beijamina, dos turnos matutino e vespertino, aproveitaram a Área Ecológica para esclarecer diversas curiosidades sobre o meio ambiente e animais marinhos taxidermizados que estão em exposição.

No stand do Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA), as crianças se encantaram pelos mamíferos que foram demonstrados. "Eles parecem que estão vivos", disse Ellen Silva, estudante da 4ª série da Escola Municipal Maria Beijamina, que ficou surpresa ao segurar o pinguim.

De acordo com a bióloga e orientadora do IMA, Cecília Seminara, as maiores curiosidades dos alunos são em relação ao processo de taxidermia. "Eles querem saber como faz para manter os animais com a aparência de vivos, o que impressiona muito a eles", explicou Cecília.

Taxidermia - é a técnica de preservação da pele dos animais com o objetivo de reconstituir suas características físicas, de forma mais real possível, para que possam ser usados como ferramentas de educação ambiental e/ou como material didático. 

Natural da Argentina e há um ano em Itacaré, Seminara explica que a taxidermia é feita de forma bastante cuidadosa. "É feito um pequeno corte no animal que é encontrado morto. Daí retiramos todos os órgãos, utilizando ácido para facilitar a remoção e depois o enchemos de papel para manter a estrutura física parecida com a real". 

Mas, segundo a veterinária e também orientadora do IMA, Natássia Pacco, os alunos que visitam a exposição têm diversas outras curiosidades, além da taxidermia, como por exemplo a diferença entre macho e fêmea, como mantê-los no clima quente e principalmente como chegam na costa baiana.

Essa foi a curiosidade de Jonatan Reis, de apenas 11 anos de idade. "Eu queria saber como eles chegaram aqui (Bahia), já que eles vivem em um local frio. Mas, elas (orientadoras) me explicaram que pegaram uma corrente marítima errada e entendi tudo", contou.

Para Natássia, que faz parte do IMA há cerca de um ano, é muito importante passar essas informações para as crianças. "Essa nova geração é a esperança. Temos que mostrar para eles, o quanto é importante preservar e cuidar desses animais, para que eles não deixem de existir", ressaltou.

Com sede em Ilhéus, o IMA trabalha há oito anos com o objetivo de preservar, cuidar e recuperar os mamíferos aquáticos encontrados nas praias da Bahia e Sergipe, além de realizar um trabalho educativo com exposições, palestras e mostras fotográficas sobre os animais e formas de preservação.

Na Área Ecológica, além destas exposições, foram realizadas oficinas de reciclagem do lixo, utilizando materiais como papel machê, papelão, isopor, rolo de papel higiênico, embalagens plásticas, dentre outros resíduos sólidos que podem ser reaproveitados.

As atividades serão desenvolvidas por diversas instituições, como o Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA), o Instituto Baleia Jubarte (IBJ), o Programa de Formação em Educação Ambiental (FEAMBI), a Reserva Particular Refúgio dos Anjos, o Instituto Floresta Viva, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) e o Projeto Reciclando com Criatividade. As atividades acontecem até o próximo sábado, dia 19 de outubro.