Turismo

PREFEITURA garante lugar destacado para baianas na nova orla Atlântica

Veja as promessas do prefeito ACM Neto
Agecom , da redação em Salvador | 26/08/2013 às 19:18
Prefeito ACM Neto durante a solenidade
Foto: Valter Pontes
O prefeito ACM Neto garantiu que as baianas de acarajé e seus tabuleiros terão lugar de destaque no projeto de requalificação da orla da cidade, que já teve início na Boca do Rio e Ribeira. ACM Neto participou na manhã desta segunda-feira (26) do Encontro Municipal de Baianas de Acarajé, realizado pela Secretaria de Combate à Pobreza e Promoção Social (Semps), no Centro Cultural da Câmara de Vereadores. A definição sobre a localização dos novos pontos de vendas nas praias dominou o debate, que incluiu ainda questões como a padronização das roupas das quituteiras e liberação de microcrédito para apoiar o desenvolvimento econômico da categoria.

O encontro teve ainda a participação da presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares, Rita Santos, da vice-prefeita Célia Sacramento, do titular da Semps, Maurício Trindade, da secretária municipal da Ordem Pública, Rosemma Maluf, e do superintendente regional do Patrimônio da União, Rafael Dias. O objetivo foi discutir com as baianas o ordenamento da atividade, antes que seja cobrado na prática o cumprimento do decreto referente aos deveres e direitos da categoria.

“A baiana de acarajé é o grande diferencial da orla de Salvador. Outras podem até competir em beleza, mas nenhuma tem esse patrimônio tão importante da nossa cidade”, afirmou ACM Neto para as baianas e vendedores de mingau e beiju que lotaram o auditório do Centro Cultural. O grande questionamento da categoria é se elas poderão atuar na areia da praia, uma vez que a legislação proíbe o preparo de alimentos naquele local.

O prefeito propôs a criação de um grupo de trabalho para discutir o tema formado pela Associação das Baianas, Semps, Semop e Saltur. “Não queremos impor nada. Vamos discutir com vocês, mostrar nosso projeto para a orla da cidade”. ACM Neto destacou que, com o novo projeto de urbanização a orla vai ganhar, em muitos pontos, uma nova configuração, envolvendo a construção de novos passeios e centros de convivência, a interdição de trânsito de veículos, aumentando desta forma, o espaço para a atuação das baianas.

Segundo a secretária Rosemma Maluf, pelo novo projeto da orla serão criados 250 removíveis na faixa de areia, de 30 m a 100m, para as barracas que só poderão vender bebidas em lata e alimentos já prontos, com a base da determinação da Justiça Federal. Haverá ainda quiosque de 9 m a 16 m, destinados aos vendedores acarajé e água de coco. O projeto vislumbra os 65 quilômetros de faixa de praia de Salvador, de Tubarão à Itapuã, incluindo as ilhas do município.

Padronização - Outro ponto importante do debate foi a padronização do vendedor e de seu tabuleiro, exigida na lei que trata do exercício da atividade.  Pela legislação, o vendedor ou vendedora deve estar devidamente caracterizado com as roupas típicas e com tabuleiro dentro das normas de saúde e higiene. Para garantir o cumprimento dessas exigências, a Semps vem intermediando com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica a liberação de microcrédito para as baianas.

De acordo com o secretário Maurício Trindade, os recursos poderão ser usados tanto parta a aquisição de trajes e equipamentos como para capital de giro. “Um dos problemas para a aquisição do crédito é que muitas baianas têm problemas como a SPC e Serasa, mas estamos contando com o apoio do secretário para que esses débitos sejam perdoados”, afirma a presidente da Associação das Baianas.

Trindade ressaltou que a Prefeitura está intermediando junto organismos federais subsídios financeiros para acesso das baianas e seus familiares à universidade e a inscrição no Cadastro Único, porta de entrada para o Bolsa Família e outros programas sociais.