Vele a pena conhecer a Procissão do Fogaréu de Serrinha e subir o Morro do Fundo na sexta-feira santa
Tasso Franco , da redação em Salvador |
15/03/2013 às 09:46
Encenação da crucificação de Cristo na Colina de Senhora Santana
Foto: Raimundo Mascarenhas
Com a proximidade da Semana Santa a dica turística vai para a Procissão do Fogaréu, em Serrinha, que acontece na quinta-feira, 28, à noite, a subida ao Morro do Fundo, o Bacalhau da Barão e a procissão do Senhor Morto, na sexta; a queima de Judas no sábado da Aleluia; e o domingo da Páscoa.
A Semana Santa de Serrinha só não é melhor porque nunca conseguiu se organizar à exemplo de Nova Jerusalém, em Pernambuco, a infraestrutura turística da cidade é diminuta, a rede hoteleira bastante limitada, e não há um esforço coletivo da iniciativa privada, Prefeitura e governo do Estado (Bahiatursa) nessa direção.
É real que o espetáculo teatral da crucificação de Cristo melhorou bastante, deixou de ser realizado na Praça Luiz Nogueira e está sendo encenado na Colina de Senhora Santana, mas, ainda é desorganizado, moroso e com viés político na medida em que a Prefeitura é quem banca palanque, artistas, tochas e outros equipamentos.
Então, continua sendo um momento muito interessante do ponto-de-vista religioso e turístico, mas, que atrai poucos visitantes de outras localidades, salvo filhos de Serrinha que moram em Salvador e os habitantes da cidade.
A Procissão do Fogaréu de Serrinha data de 1930 e se encaminha para seu I Centenário e se não é o única no Estado (Feira tem uma fogaréu) é a mais bela apesar das constantes mudanças que ocorrem em seu trajeto. Nos primórdios, segundo a tradição judaica, pois, só homens participaram da caminhada em busca de Jesus, no Oliveiras, só homens participavam desse ato religioso.
No decorrer do tempo, na década de 1980, as mulheres foram incorporadas e, hoje, trata-se de um ato misto, com presença de homens, mulheres e crianças.
SUBIDA DO MORRO
A Semana Santa em Serrinha não se limita a Procissão do Fogaréu. Na sexta-feira, também tradição de longos anos, acontece a subida ao Morro do Fundo, a colina mais alta da zona Oeste da Cidade onde estão situadas três outras colinas adjacentes, daí advindo o nome da cidade, de pequenas serras, serrinhas, Serrinha.
A subida ao morro tem pouco de penitência e mais de folclore e bebedeira no sopé do Bairro da Bomba, salvo exceções. No alto do morro tem-se um cruzeiro, no estilo Belo Monte, onde fiéias oram e acendem velas. Daí, tem-se uma belíssima visão da cidade.
Há três ou quatros anos surgiu um folguedo chamado Bacalhau da Barão atividade lúdica que acontece na Rua Barão de Cotegipe, onde se saboreia um bacalhau, em brincadeiras no estilo quebra-pote e pau de sebo, e bandinhas tocando.
No mais, seguem os eventos religiosos na Catedral e a queima de Judas.
SUPORTE
Falta a esses eventos suporte de uma Feira Artesanal de porte (como acontece em Caruaru/Nova Jerusalém) e outras atrações no plano da cultura. Pelo amor de Francisco I não me venham colocar uma banda Axé.
