O grupo GJP espera uma ocupação de 40% no Sheraton da Bahia, até o final de 2013, com serviços direcionados ao público de executivos internacionais.
A Tarde , Salvador |
13/03/2013 às 12:02
Glorioso Hotel da Bahia de tantas histórias
Foto: Margarida Neide
O antigo Hotel da Bahia, localizado no Campo Grande, região central de Salvador, reabriu na última quinta-feira, 7, com capacidade reduzida de hóspedes e sob a bandeira da rede de hotéis Sheraton. Conhecido como sistema soft opening, esse tipo de operação oferece menos serviços do que a capacidade total do hotel.
Nesta fase, que tem previsão para acabar em maio, serviços como o spa e o restaurante Genaro de Carvalho ainda não funcionam. O Passeio da Vitória é o único restaurante disponível. Apenas 140 apartamentos estão prontos - de um total de 284 - e só seis dos 12 andares estão funcionando e com obras 100% concluídas.
A reabertura do hotel - um dos mais tradicionais de Salvador - seria em fevereiro, mas foi adiada porque os serviços não estavam compatíveis com o padrão exigido pela franquia Sheraton. O grupo GJP Hotels & Resorts, proprietário do prédio e administrador do hotel, firmou o contrato com a rede em dezembro de 2012.
Segundo gerente-geral do Sheraton da Bahia, Jan Von Bahr, a reabertura atrasou porque foi necessário adequar as normas de segurança contra incêndios ao padrão americano, com a construção da terceira escada de emergência, e oferecer todos os serviços e produtos utilizados na rede Sheraton, como o centro de convivência para os hóspedes.
Abrir um hotel com a capacidade reduzida é uma prática comum no ramo hoteleiro, de acordo com o gerente-geral. "O cliente sabe que o hotel está em fase de testes. A abertura é para que ele tenha consciência de que o hotel acabou de abrir e que o pessoal está sendo treinado".
Os funcionários passam por treinamentos diários em todos os setores, de gastronomia a atendimento ao hóspede e segurança alimentar. Quando estiver em pleno funcionamento, o hotel terá 229 funcionários -- atualmente são 137.
O grupo GJP espera uma ocupação de 40% no Sheraton da Bahia, até o final de 2013, com serviços direcionados ao público de executivos internacionais.
"Cerca de 70% a 75% dos nossos hóspedes esperados estarão em viagens de negócios ou eventos corporativos", diz o consultor da GJP, Paulo Gaudenzi.
Clientes
Um dos clientes corporativos é o produtor-executivo da produtora de eventos Antares Promoções, Luiz Valasco, que visitou as instalações e apartamentos para conhecer os novos serviços.
Cliente antigo do Hotel da Bahia, Valasco vai seguir com a parceria, contratando o hotel para hospedar artistas internacionais trazidos pela produtora. "O hotel fica próximo de teatros, o que facilita a ida dos artistas para o espetáculo", disse.
Fechado em março de 2010, o prédio do hotel foi comprado pelo grupo GJP por R$ 31 milhões. O investimento na reforma e aquisição de mobiliário foi da ordem de R$ 70 milhões.
Tombado como patrimônio cultural do Estado, o prédio possui obras de Genaro de Carvalho e Carybé, protegidas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) da Bahia e restauradas para a reabertura.
Para Paulo Gaudenzi, a reforma realizada foi quase total. "Só tem quatro coisas remanescentes do hotel que foi fechado em 2010: o piso do restaurante Genaro de Carvalho, o piso do salão de festas do segundo andar, os corrimões da escada e as portas dos quartos. O resto é novo".