O Rio de Janeiro é muito conhecido pela junção da natureza com a cidade. Nesse ponto, o Rio é único mesmo. Em poucos lugares do mundo vê-se uma combinação tão harmoniosa entre montanha e mar, floresta e cimento. Procurar os melhores pontos para se admirar as belezas da cidade é fugir do óbvio, ou seja, as praias. O Rio de Janeiro tem vários mirantes belíssimos e com as favelas pacificadas ficou mais seguro se aventurar pela Floresta da Tijuca, por exemplo. 

No Alto da Boa Vista está a Vista Chinesa (foto), um mirante que oferece ao turista uma vista diferente do Rio de Janeiro. Mas antes, um pouco de história: desde 1856, o Jardim Botânico estava ligado ao Alto por uma estrada aberta pelo Barão do Bom Retiro e cuja manutenção era feita por Thomas Cochrane. Para a obra foram empregados trabalhadores de Macau, na China, que antes tentaram começar por aqui o plantio do arroz. Mas como não deram muito certo como agricultores, ficaram mesmo cuidando da estrada.

Em 1903, o prefeito Pereira Passos edificou bem no alto do Alto, o pavilhão da Vista Chinesa talvez em em homenagem aos chineses que na Floresta da Tijuca fincaram pé, ainda na tentativa de plantar algo (depois do arroz, ainda tentaram o chá). O local fica no meio do mato, é super calmo, fresquinho para os padrões do calor carioca e proporciona uma vista deslumbrante do Rio. O melhor acesso é pela rua Pacheco Leão, no Jardim Botânico, pegando o Horto. De lá, basta seguir os muitos ciclistas e praticantes de trilha que sobem até o cume do Alto. No caminho há três cachoeiras maravilhosas. 

O passeio é uma delícia. Leve água pois você estará em plena floresta e lá não é permitida a presença de ambulantes. Aproveite o local de dia, pela vista. Se gosta de andar de skate, aventure-se na pista que dá acesso às paineiras (seguindo adiante da Vista). Ou simplesmente aproveite o clima zen e desfrute da paisagem.