Turistas não existem. São raros. A festa é da baianada e só. Mas, a alegria e a fé valeram
Tasso Franco , da redação em Salvador |
04/12/2012 às 19:34
Estandarte com Santa Bárbara e as irmãs da Igreja de NS dos Pretos, Pelourinho
Foto: BJÁ
A fé e a alegria do povo salvaram a festa para Santa Bárbara no centro histórico de Salvador. Para o mestre Clarindo Silva, dono da Cantina da Lua, "isso é o que ainda nos salva, nos dá força para sobreviver", diz lamentando a tristeza geral que cerca o Pelourinho nos dias atuais.
A festa de Santa Bárbara, no entanto, atropelou essa tristeza momentâneamente e fez valer a sabedoria popular, a alma do povo baiano, que é festeiro por natureza e sabe curtir a vida mesmo nos momentos de pouca grana e adversidades.
No Terreiro, o grupo Samba de Verdade, que maravilha. À tarde toda, cerveja sobre a mesa e a boa música. Só samba. Aliás, o samba está pedindo passagem a Axé já há algum tempo e está crescendo no Carnaval, nas festas populares e nos grupos que vão surgindo a cada dia.
Adiante conversei com Deraldo Santos, barraqueiro da terça-da-benção que, por coincidência caiu no dia de Santa Bárbara. "Muito bom essa coincidência que a gente vende mais e sai satisfeito", diz.
Turistas não existem. São raros. A festa é da baianada e só. Mas, a alegria e a fé valeram. Por também mera coincidência vi o Lobisomem da Serra tomando uma skol com um parente do ramos dos colberzões, da Feira, na Cantina da Lua. (TF)