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Jenifer organiza uma bandeja de dulces para dom Franquito no portal de Cartagena
Foto: BJÁ
Se na Bahia temos as baianas do acarajé e do abará, na Colombia existem as doceiras e as negras que vendem frutas nas ruas e praças. Em Cartagena há o portal del dulces na entrada do centro histórico com dezenas de tendas e compotas de cocadas e doces, sempre tendo à frente mulheres. Em Bogotá também existem as doceiras especialmente aqueles à base de leite.
Os nomes são curiosos: panderito, bebe de leche, pássaro de leche, coco com cochita, coco com passas, cocadas de todas as tonalidades, goiabadas, coco com panela (este um tipo de doce que se assemelha a goiabada cascão), pandero, bolitas ta tamanrindo, avoadores de coco, uma infinidade.
Cada um custa 0,600 pesos e um combinado com dez acondicionados numa bandeja plástica coberta vale 6.000 pesos algo em torno de R$7.00
As mulheres que vendem frutas usam bacias de aluminio e as frutas são cortadas à vista dos clientes - melancia, banana, melancia, abacaxi, mamão, etc - em tiras e colocadas em copos plásticos. Alguns nativos comem com leite condensado. As "baianas" das frutas - digo assim porque são muito parecidas com as baianas - são simpáticas, conversadeiras e cobram uma "propina"(gorjeta) para fazer fotos com elas.
Curioso é que nessas duas atividades não existem homens. Assim como em Salvador, a familia matrifocal, com as mulheres dando duro e os marmajandos encostados, em alguns casos, predominam. Claro que os homens tb trabalham, mas, vê-se, pelo menos nesses dois mercados ambulantes e nos artesanatos uma predominância das mulheres.