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"Frida", representante típica da beleza de Blumenau, com todo seu charme
Foto: BJÁ
O "Oktoberfesteiro" - pessoa que curte a Oktoberfest de Bluemaneu, SC - é uma espécie de "Chicleteiro" num comparativo com os fanáticos admiradores da Banda Chiclete com Banana. Ele (a) não perde parada, canta e dança em todos os espaços da Vila Germânica e celebra a divindade máxima da festa, sua senhoria o chope.
Uma das músicas mais cantadas por essa tribo tem apenas uma frase e serve de mote para agitar os salões. Diz o seguinte: "Um barril de chope é muito pouco pra nós; dois barris de chope é muito pouco pra nós; três barris de chope é muito pouco pra nós; quatro barris de chope é muito pouco pra nós; e segue nesse tom frenético até dez barris de chope..."
Dá pra sentir o clima. A Oktoberfest tem uma predominância de jovens. É impressionante a quantidade de jovens de SC, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e até alguns da Bahia. Eu mesmo vi um camarada trajando a camisa do "Bahêa". Os baianos são em pequeníssima quantidade, talvez pela distância que separa os dois estados, e porque não exitem voos diretos de SSA para Florianópolis, tendo-se que se fazer uma escala em SP, Navegantes, Blumenau.
Mas, vale a pena conhecer a Oktoberfest. É uma cultura diferente da baiana e os jovens estão ligados num tipo de música que não se toca na Bahia, e também não existem em nossos salões com as jazz bandas e grandes orquestras da região e da Alemanha. Na Oktober (como se diz por aqui de forma abreviada) não se toca samba, pagode, axé, frevo, nada disso. Só músicas regionais de SC e músicas alemães.
Como uma boa parte da população dessa região fala alemão, as músicas são cantadas nos salões como se fossem uma letra de "Colombina eu te amei".
O (a) "oktoberfesteiro" (a) tem seu modo típico de se trajar, os homens de Fritz, uma alemão estilizado com bermuda, suspensório e meias até os joelhos, com chapéu obrigatório (até a PM usa); e as mulheres de Frida (com diferentes modelitos campestres importados da Alemanha) e o uso de uma tiara de flores na cabeça.
A forma de paquerar também é diferente da Bahia e não se vê uma beijção coletiva como acontece nos pagodes e Carnaval de Salvador. Não diria que seja uma festa pudica, mas tem muito a ver com a família, as tradições e as pessoas são mais contidas. (TF)