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Nas ruas do centro da cidade, grupos de jovens cantam e dançam celebrando o chope
Foto: BJÁ
Nas ruas de Blumenau, SC, o ambiente é de animação na largada da Oktoberfest com muito chope (bebida preferencial) que se inicia pra valer nesta noite de quinta-feira, 6, e vai até domingo. Bandas já se apresentam no centro da cidade, com um misto de músicos brasileiros e alemães, e o ponto alto será por volta das 21h, na Vila Germânica, onde todos se concentram para a celebração da alegria após o desfile que começa às 19h30min.
Como Blumenau não dispõe de uma rede hoteleira de porte, a cidade tem em torno de 300.000 habitantes, os milhares de turistas se acomodam como podem, em Blu, Joenville, Gaspar, Camboriú, e vão e voltam percorendo pequenas distâncias. A festa é eminentemente germânica, uma celebração dos imigrantes alemães e seus descendentes que chegaram ao Brasil procedentes na Baviera no século XIX.
Tudo ou quase tudo nessa região de Santa Catarina, no Vale do Itajaí, gira em torno da cultura alemã, quer em termos de educação, costumes, tecnologia, industrialização e outros. As indústiras (e são muitas nos segmentos da tecelagem, informática, gráfica, papel, alimentos, metalurgia) estão associadas com empresas alemães e vice-versas. E muitas operam de forma cooperativa.
A quantidade de empresas que se dedicam a produção de cervejas artesanais é enorme e obedecem a "Lei Alemã da Pureza" em suas produções, com um museu, uma associação, e permanente contato com a Baviera. Essse é um movimento industrial recente, algo em torno de 20 anos, e que vem gerando muitos empregos no Vale. A Eisenbahn, por exemplo, produz uma variedade de 11 tipos de cervejas.
A Borck, uma das mais antigas, foi fundada em 1996; e a Das Bier oferece chopes pilsen (claro), Baunes Ales (escuro) e Weizen (trigo). Já a Königs, a cerveja do rei de Jaraguá do Sil, tem menos de 5 anos e oferece o chope cristal e natural (pilsen), o bock (escuro) e um chope mais leve.
Blumenau é uma cidade bem estruturada. Não há ambulantes nas ruas, o trânsito flui bem, os preços dos produtos de consumo imediato são acessíveis (uma refeição básica fica em torno de R$20,00 a R$30,00), os táxis operam sem exploração, há atendimento programado, o transporte por ônibus (em parte) é no estilo "ligeirinho", de Curitiba, e a população é bastante receptiva aos turistas.
A cidade, literalmente, se veste de alemão, e são vistos muitos "Fritzes" (como se diz no popular) nas ruas com seus trajes típicos. (TF)