Aproveitar os atrativos do Centro Histórico de Salvador vai ficar ainda mais prazeroso para baianos e turistas. Um palco móvel, a quatro metros do chão, nas proximidades da Igreja do Rosário dos Homens Pretos, no Pelourinho, vai abrigar shows e manifestações culturais. A ordem de serviço para a construção do palco, projetado pelo arquiteto Pascoalino Magnavita, foi assinada nesta quarta-feira (1º) pelo ministro do Turismo, Luiz Barreto, na Casa das Sete Mortes, com investimento de R$4 milhões.

O novo aparato funcionará como uma plataforma retrátil que vai permitir a realização de shows, sem manter um palco fixo em meio ao Pelourinho. "Este palco é a possibilidade de não afetarmos nem o meio ambiente, nem o patrimônio histórico do Pelourinho, convivendo com vários usos culturais. Nele vão dialogar atrações musicais importantes e o tradicional São João da Bahia, dentre outros eventos", afirmou o ministro, ressaltando que a permanência do turista no Centro Histórico está diretamente relacionada à diversidade de opções culturais oferecidas.

A importância do palco para o cotidiano cultural do Pelourinho foi ressaltada pelo secretário de Turismo da Bahia, Antonio Carlos Tramm, durante a visita do ministro a Salvador. "Este palco vai ter um pleno uso. Além de abrigar shows e afins, a ideia é que nele funcione um cinema cultural. Trata-se de valorizar o patrimônio antigo, agregando a ele um pouco de modernidade para atrair ainda mais o público", explicou Tramm, também lembrando que a Praça do Reggae será mantida no mesmo local, sem prejuízos ao seu funcionamento.

Feira de São Joaquim

 Antes da solenidade na Casa das Sete Mortes, o ministro e o secretário do Turismo visitaram as obras do galpão que abrigará, provisoriamente, os trabalhadores da Feira de São Joaquim durante o processo de revitalização do local. O espaço, cedido por dois anos ao Estado pela Codeba, fica ao lado da feira e as obras serão concluídas ainda neste mês para a instalação dos feirantes.

A iniciativa de requalificação será realizada em sete etapas e prevê investimento total de R$ 36 milhões, custeado pelo Ministério do Turismo e Governo da Bahia. A previsão é de que toda a obra "incluindo a reconstrução de 70% da feira original fique pronta em dois anos"

"Esta reforma não traz nenhum prejuízo aos feirantes. Estamos ansiosos para ver a nossa feira finalmente preparada para o século 21, atendendo a todos os requisitos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Acredito que a clientela e os turistas vão aumentar por aqui", destacou o presidente da Associação de Feirantes e Ambulantes de Salvador (APFAS), Nilton Ávila Filho.

A reforma vai permitir a execução de serviços de drenagem, instalações hidráulicas e pavimentação, restauração de 275 boxes e substituição de outros 745 por novos. Também está prevista a construção de deques e restaurantes, ampliando o caráter turístico da feira.