A Pousada Villa Lagoa das Cores é a melhor do Vale do Capão, na Chapada Diamantina. Sem favores.
Como os donos Marcos e Vânia dizem na saudação aos hóspedes em cartão colocado nos apartamentos na mensagem "O visitante dentro dos nossos portões" - Nossa pousada é uma instituição humana para servir as pessoas e proporcionar momentos felizes.
Verdade.
Desde o momento em que se chega a Lagoa das Cores até a saída o tratamento é excelente: dos proprietários, da gerência, dos garçons e dos trabalhadores do campo.
E o que existe de excepcional nesse recanto?
Uma energia cósmica. Paz celestial. Se meditar um pouco se pode dialogar com o anjo Gabriel e até falar com o Senhor.
É como se você estivesse num pedaço do mundo encantado ao lado de fadas, duendes, bruxas, dragões, balões, camaleões, pássaros, ervas, labirinto, pedras, espaços para meditações e contemplações, tudo isso com serviços contemporâneos: piscina, bom restaurante, lareira, vinho, internet e pessoas agradáveis.
A Villa tem uma área enorme que permite caminhadas, passear nos pomares, na horta, na montanha até chegar a um mirante onde se aprecia o esplendor de parte do Vale à sua frente o Morrão com sua fachada querendo tocar no céu.
A decoração da pousada é primorosa. Nada escapou dos olhares atentos dos seus proprietários. Peças de arte, quadros de bom gosto, artesanatos de várias regiões, mandalas, anjos, baianas.
Tão difícil de descrever que o melhor é conhecer pessoalmente a Villa.
Em alguns locais há detalhes de apurado requinte. Na sala que antecede os sanitários do restaurante quadros com fotos das cachoeiras mais importantes do vale, peças de arte, coisas raras de se ver.
E uma turma boa de conversa e com histórias. Desde Marcos que já anda pelo Vale há 20 anos aos mais novos na casa, Neto, Ronaldo e Clériston.
E então, pergunto a Ronaldo se o pai dele já tinha visto algum lobisomem no Vale?
Ele sorri e diz que ele mesmo nunca vira. Mas que o povo fala um bocado de coisas sobre o Capão e vai fazendo um beiju na chapa no Arômata, o esquisito nome do restaurante da Villa.
Termino meu café sagrado das manhãs e vou à varanda para apreciar os balões de cabaça presos no alpendre da varanda vendo, ao fundo, as montanhas do Valle como um quadro esculpido pela mão de Deus.
E pensar que já estou aqui na selva de pedras escrevendo essas linhas e vendo à minha frente janelas de apartamentos.
É a vida meu caro. Tudo que é bom, como diz o povo, dura pouco. (TF)