De acordo com o titular da Setur, os recursos aplicados por meio de programas do governo estadual e pelo Prodetur foram direcionados para obras de infraestrutura, melhoria da qualidade dos serviços e capacitação profissional. "Um exemplo disso é a obra de esgotamento sanitário na localidade de Imbassaí, cujo investimento é de aproximadamente R$ 9 milhões", destaca Leonelli.
Na área de capacitação profissional, estão em andamento seis turmas com mais de 250 pessoas matriculadas em cursos de até 200 horas de duração nas cidades de Camaçari, Lauro de Freitas e Mata de São João. Já no que se refere à melhoria da qualidade dos serviços, Leonelli ressaltou a reforma, ampliação e construção dos SATs (Serviço de Atendimento ao Turista) em Lauro de Freitas e Praia do Forte e a implantação de um centro de qualificação profissional em Imbassaí, cujo investimento é de R$ 4 milhões.
Outro assunto abordado pelo secretário durante a abertura do evento foi a produção associada ao turismo. Recentemente, a Setur realizou uma pesquisa-piloto em 17 meios de hospedagem de Praia do Forte, que vai servir como termo de referência para a execução de um estudo mais amplo. "A ideia é formatar arranjos produtivos locais para implementar o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo, que atuará com base na produção associada", disse.
O programa faz parte do eixo de Integração Econômica, da estratégia do governo estadual para o setor, denominada Terceiro Salto do Turismo na Bahia.
No estudo-piloto realizado em Praia do Forte foi constatado que os lençóis e outras roupas de cama são adquiridos, em sua maioria (89%), nos estados de São Paulo e do Paraná. Com relação aos móveis e utensílios, os principais mercados emissores são Salvador e São Paulo, que correspondem à metade dos itens, e a Espanha que, sozinha, representa 49,8% do material.
Já no que se refere aos alimentos, os dados são ainda mais surpreendentes. Mesmo com todo o potencial de peixes e mariscos nas baías de Camamu e Todos-os-Santos, e também no próprio Litoral Norte, mais de três quartos das dez toneladas de peixe consumidas por mês pelos meios de hospedagem de Praia do Forte vêm de Pernambuco.
O mesmo acontece com as carnes e aves que, em sua maioria, vêm de São Paulo, Salvador, Paraná e Santa Catarina.