Turismo

BAÍA DE TODOS OS SANTOS PODE SER PORTA DE TURISMO NÁUTICO

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| 22/11/2008 às 19:04
Secretário Domingos Leonelli assina o convênio para prpduzir Plano Estratégico (F/Rita Barreto)
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  A Bahia poderá ser a porta de entrada do turismo náutico internacional no Brasil na avaliação do Ministério do Turismo que destinou R$ 150 mil para o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Náutico da Bahia de Todos os Santos, que começa a ser implantado no primeiro semestre de 2009.

  Um passo importante nessa direção foi dado com a assinatura de convênio entre a Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur) e o consultor Walter Garcia, que prestará assistência na produção de conteúdos técnicos e no desenvolvimento dos projetos e ações do segmento de turismo náutico no Estado da Bahia.


  O convênio, que terá um custo R$ 120 mil e validade de 12 meses, prevê ainda o acompanhamento, fiscalização, verificação e formatação do Plano Estratégico. "A contratação da consultoria ampliará a interlocução da Setur com os setores privados e agentes governamentais ligados ao turismo náutico", ressalta o secretário de turismo da Bahia, Domingos Leonelli.
 
  Para ele, o projeto piloto da Baía de Todos os Santos poderá ser replicado em vários estados do País. "A Bahia já avançou nesse mercado e já atrai algumas regatas internacionais que dão visibilidade, o próximo passo é estruturar o turismo náutico como atividade permanente", afirma o Secretário.


  SEMINÁRIO

  "Já avançamos também com a realização de um primeiro seminário, em 2007, sobre a Baía de Todos os Santos, envolvendo órgãos governamentais, empresários e Ongs", destacou Domingos Leonelli. Além disso, em junho deste ano, foi realizado o 1º Fórum Náutico Internacional da Baía de Todos os Santos, que reuniu especialistas do clustter do turismo náutico. 

Para se ter uma idéia do potencial do mercado náutico mundial, estima-se que cinco mil veleiros deixem anualmente a Europa (dados de 2003). Parte significativa desta frota, 56%, tem como destino o Caribe, que, segundo Walter Garcia, não tem mais estrutura para abrigar tal volume de embarcação. "O Brasil é um dos destinos com maior vocação para o desenvolvimento do turismo náutico do mundo, e a Bahia pode ser a porta de entrada", assegura o consultor.


Segundo ele, se o Estado conseguir atrair 20% do movimento veleiro mundial, poderá gerar três mil empregos diretos por ano, conforme estimativa da Associação dos Construtores de Barco do Brasil (Acobar). O especialista ressalta que a Bahia tem estrutura geográfica e geológica favorável à atividade e conta com duas das três baías que reúnem as melhores condições para a prática do turismo náutico no mundo: a Baía de Todos os Santos e a Baía de Camamu.


A ampliação do tempo de permanência de embarcações estrangeiras nos portos e marinas brasileiros de três meses para dois anos viabilizou a consolidação do Turismo Náutico no Brasil. Antes do decreto, que, por algum motivo, ficasse mais que três meses no País, teria que pagar uma multa equivalente ao preço da embarcação. Segundo Garcia, um veleiro de 25 pés gera, em média, três empregos diretos, sem considerar as atividades indiretas que demanda. Além disso, o gasto médio do turista que chega de barco é cinco vezes maior que o do turista convencional. Além disso, o gasto médio anual com a manutenção de um barco é, em média, 8% do seu valor total.