Na opinião do turista catarinense Fábio Gouveia, que pela terceira vez veio à capital baiana, a abordagem é bruta e invade a intimidade das pessoas. "Às vezes estou conversando algo particular e de repente aparece um vendedor para oferecer alguma coisa. Isso é muito chato", afirmou.
Já a gaúcha Helena Hendrix sofreu ainda mais com a abordagem nas ruas do Pelourinho. "Sempre venho a Salvador. Há dois anos, estava passando pela Praça da Sé e apareceu um garoto me pedindo dinheiro. Como eu disse que não tinha, ele pegou o óculos que eu usava numa velocidade incrível e saiu correndo. De lá pra cá, qualquer um que me aborda já dá medo", relatou a gaúcha.
Apesar da preocupação dos turistas com os assaltos ocorridos na área do Centro Histórico, o comerciante Dono da Cantina da Lua, Clarindo Silva, acha que o Pelourinho é um local seguro. Ele considera que a abordagem é o maior problema atualmente.
"Um lugar em que a gente tem um batalhão com esse enorme número de policiais pode ser considerado inseguro? O que afasta os turistas do Pelourinho é a abordagem. Hoje mesmo, horário de almoço, o movimento de um estabelecimento como esse poderia ser bem maior", disse Clarindo.
A comerciante de uma loja de jóias e representante da Associação dos Comerciantes do Pelourinho (Acopelô), Magda Brito, contou alguns casos de clientes que foram assaltados no Pelourinho e que, inclusive, perderam pertences familiares nas ruas do Centro Histórico de Salvador. "Desde 2004 a situação começou a piorar. É muito desagradável ouvir esse tipo de história dos meus clientes", falou a comerciante. 9(Repórter - Marivaldo Filho)