A criação de uma associação de transportadores do Porto de Salvador foi proposta pelo secretário de Turismo, Domingos Leonelli, durante reunião com representantes dos taxistas, agências e cooperativas de vans, para organizar melhor o transporte no Porto de Salvador, principalmente, durante o verão, quando os navios de cruzeiros trazem para a capital baiana milhares de turistas.
 
  O objetivo é melhorar imediatamente a recepção dos turistas que chegam em cruzeiros marítimos, enquanto não se tem a construção de um terminal de passageiros definitivo nos armazéns 1 e 2.

  Leonelli explicou que a intenção é disponibilizar um espaço no desembarque dos navios onde constarão os serviços de transporte da associação com uma tabela de preço e fotos dos veículos para que o turista possa escolher que tipo de transporte vai contratar.

  O turista já sairia do desembarque com o tíquete da locação e seria encaminhado para o veículo. Hoje o Terminal de Passageiros da Codeba é operado pelo Sindetur (Sindicato das Empresas de Turismo da Bahia) que tem na sua área interna apenas a empresa Fortcar.

  A idéia é que uma associação reúna os taxistas, inclusive os avulsos, cooperativas de vans e de táxis possibilitando um melhor receptivo turístico.  Leonelli ressaltou que o turismo de cruzeiros é um excelente divulgador do destino turístico, daí a necessidade de melhorar a primeira impressão que esses visitantes têm ao chegar a Salvador.
 
  "É também importante que o turista obtenha informações claras sobre os serviços que estão sendo oferecidos para que se sinta seguro e torne a nos visitar", afirmou Leonelli.

O representante do Sindicato dos Taxistas e da Ligue Táxi, Antônio da Cruz Bastos, assim como Paulo Guaranys (Bahiatursa), Djalma Costa (Coopervan), Ednaldo da Cruz (Univan), Ernest Christian (Agência Olímpia) e Tonny Ricco (Bahia Golfe), além do presidente da ABAV, Pedro Costa e o diretor de Turismo da Emtursa, Márcio Lima, foram unânimes em concordar que é necessário organizar o receptivo desses turistas a fim de oferecer um serviço de melhor qualidade, porque o que existe atualmente é um atendimento muito confuso e de qualidade duvidosa.

Para Bastos, da Ligue Táxi, o turista de cruzeiros chega a ser maltratado porque, quando o navio aporta, o local torna-se um "mercado persa" diante do assédio de alguns taxistas e proprietários de vans que ficam do lado de fora dos armazéns oferecendo os serviços. Segundo ele, chega a acontecer abusos como o superfaturamento da corrida e falta de cortesia. Durante a reunião foi nomeada uma comissão,formada por representantes dos taxistas e das cooperativas de vans, que ficou de dar encaminhamento à proposta.