Em comentário hoje, 9, na Rádio Metrópole, o ex-governador da Bahia, Paulo Souto, considerou como "desastrada" a medida adotada pelo Ministério da Defesa de cancelar entre 15/20 vôos para os principais destinos turísticos da Bahia (Salvador, Porto Seguro e Ilhéus) causando "enormes prejuízos para a economia do Estado".

  Segundo Souto, se o governo federal "não quer ajudar a Bahia não deve atrapalhar" esse segmento que é significativo para a geração de empregos e colocou o Estado, durante cinco anos consecutivos, como destaque nacional no turismo brasileiro e internacional.

  O ex-governador explicou que foram realizados enormes investimentos públicos para qualificar destinos turísticos baianos, com aeroportos, estradas, saneamento, etc, houve uma resposta positiva da iniciativa privada que investiu em grandes cadeias hoteleiras e centenas de pousadas e, quando menos se espera, até porque os governos hoje são alinhados, do mesmo grupo político, fá-se um corte dessa natureza.

   Pata Souto, 36.000 passageiros vão deixar de vir a Bahia representando um incalculável prejuízio, além do que é ainda mais grave, empresários do Pólo de Informática de Ilhéus estão preocupados com suas encomendas, o embarque de cargas no aeroporto, agora com vôos restritivos.

  Souto criticou a postura do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que classificou os baianos, numa visita recente de preguiçosos, e exigiu que o ministro além de mudar seu pensamento sobre os baianos deve rever essa política "desastrada" em relação ao turismo na Bahia, o que provocará queda e enormes prejuízos para o Estado, para a iniciativa privada e para as pessoas mais humildes - garçons, camareiras, taxistas, etc, - que vivem em função desse fluxo.