Ribeiro sugeriu melhorias para o desenvolvimento do setor e destacou a necessidade de um planejamento participativo. Para ele, há também uma falta de preservação e aproveitamento da atratividade e recursos.
Neste sentido, o deputado Júnior Magalhães falou sobre a falta de direcionamento, citando como exemplos a degradação do Pelourinho e os gastos da Bahiatursa direcionados para a Lavagem da Igreja de Madeleine, em Paris, e para o Show de Asa de Águia no Japão.
"A Irmandade da Boa Morte em Cachoeira, que faz parte de nossa tradição, de nossa história, nunca recebeu um recurso como esse" comentou o parlamentar. "Esse financiamento foi um equívoco", reforçou o acadêmico.
BOM PARA
O MORADOR
O professor e o parlamentar concordaram que ainda há necessidade do turismo ser discutido em prol dos próprios baianos.
"O turismo deve ser bom para o morador local, deve haver mais participação" enfatizou Magalhães.
"Falta renovação, se continuarmos com o mesmo modelo de 1970 a tendência é a queda. O setor deve aproveitar nosso modo de viver. Discutir em audiências públicas pode ser um começo", afirmou Ernesto Ribeiro.
A discussão foi uma preparação para a audiência pública que vai acontecer no Plenário da Assembléia no Dia Mundial do Turismo (27/09), às 15h, para discutir os "Caminhos do desenvolvimento da indústria do turismo na Bahia - Mecanismos de redução das Desigualdades Sociais". Para a audiência, já estão confirmadas a participação do Secretário de Turismo, Domingos Leonelli e a presidente da Bahiatursa, Emília Silva.