Salvador ganhou um novo cartão postal: cinco sanitários químicos fedendo a fezes e urina instalados ao lado do Elevador Lacerda, o monumento mais visitado da capital e utilizado por milhares de pessoas, diariamente.   

   A situação em que se encontra a Praça Municipal, mancha histórica da fortaleza Salvador erguida pelo primeiro governador Geral, Tomé de Souza, preocupa e angustia os moradores e visitantes. A estátua de Tomé de Souza está sem manutenção e coberta de fezes de pombos.

   A bela paisagem da Baía de Todos os Santos que se tinha ao lado do Elevador Lacerda está intransitável e com insuportável odor devido os sanitários. Além disso, pontas de cigarro, restos de comida e outros deixa o local com aspecto desagradável.
 

   A situação ficou ainda mais espantosa após a instalação de novos sanitários químicos que encobrem a vista da Baía de Todos os Santos provocando um odor insuportável para baianos e turistas que freqüentam o local.

   Não satisfeitos, colocaram mais um sanitário químico para tapar ainda mais a visão e aumentar o mau cheiro. Segundo o vendedor de cartão telefônico, Marcos Rebouças, os turistas estão procurando outras opções para fugir dos banheiros químicos.
 
   "Os turistas e baianos pedem sempre a informação de outro lugar que possam ir para fazer suas necessidades", relatou.

    Para o vendedor, uma limpeza constante tem que ser feita para melhorar a situação. "O carro passa uma vez, suga o material e pronto. Para melhorar, tem que ficar uma pessoa direto limpando os banheiros", opinou Marcos que trabalha no local há 12 anos.

    
    A professora e historiadora Consuelo Novaes Sampaio, que trabalha no prédio da Fundação Pedro Calmon, afirmou que é difícil decidir qual o fedor mais insuportável: se o que emana dos chamados sanitários, antes da "limpeza"; se o que espalha pela praça, quando o produto químico é aplicado, ou se o que mela a praça, quando se procede a lavagem. (Marivaldo Filho, repórter)