Turismo

LEONELLI DÁ VERSÃO SOBRE REUNIÃO DO FÓRUM DE TURISMO E MOSTRA PLANOS

Domingos Leonelli, secretário de Turismo do Estado da Bahia mostra seus projetos para setor
| 17/04/2007 às 15:45
Salvador está relacionada com prioridade para a Setur (Foto:Google)
Foto:
 

    Em atenção a matéria publicada pelo Bahia Já intitulada Como a Máquina Partidária Está Desestruturando o Turismo, recebemos da ASCOM da Secretaria de Turismo do Estado, matéria assinada pelo jornalista Jorge Lindsay, com a versão da SETUR.
    RELEASE NA
    ÍNTEGRA

   A 13ª Reunião do Fórum Estadual do Turismo reuniu durante 6 horas os representantes de todas as zonas turísticas da Bahia e de inúmeros órgãos do Estado.

   Presidida pela primeira vez pelo Secretário de Turismo, Domingos Leonelli, o Fórum tomou conhecimento das linhas mestras para o turismo da nova administração comandada pelo governador Jaques Wagner e discutiu critérios para consolidação dos projetos municipais a serem encaminhados ao Ministério do Turismo, representado na reunião pela técnica Ânya Ribeiro.


   Dividindo sua exposição em macro-problemas e macro-objetivos, o Secretário Leonelli procurou dar conhecimento ao Fórum das prioridades da sua administração. Entre os macro-problemas, destacou a existência de "enclaves hoteleiros desvinculados da produção econômica local, as deficiências na regulação e gestão dos serviços públicos, a inconsistência de estatísticas e subdimensionamento dos esforços para qualificação de mão-de-obra.


   Dentre os macro-objetivos da atual administração, o Secretário de Turismo ressaltou a necessidade de vincular os esforços para atração de fluxo de turistas a uma maior celeridade na atuação de investimentos. "Se queremos turistas que gastam mais e fiquem mais tempo na Bahia, temos que dar prioridade à atuação de hotéis e empreendimentos turísticos de alto nível". E em relação aos "enclaves", Leonelli ressaltou a Produção Associada no Turismo no entorno das áreas hoteleiras, como Porto Seguro, Morro de São Paulo e Litoral Norte.


   O Fórum contou com as participações da presidente da Bahiatursa, Emília Silva, a representante do Ministério do Turismo, Ânya Ribeiro, o superintende do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Paulo Sérgio Ferraro, Eduardo Farina, superintendente de Pólos de Investimentos Turísticos da Setur, deputada federal Lídice da Mata, presidente da Câmara de Turismo e Desportos, da Câmara dos Deputados, além de representantes de instituições e dirigentes de órgãos com relacionamento estratégico na cadeia produtiva do turismo do Estado.


 Informes sobre ações em andamento nas Câmaras de Turismo ZonaI,  incluindo aquelas priorizadas  nos planos de trabalho dos conselhos dos pólos, orientação e apresentação dos critérios de projetos estiveram entre os temas principais dos debates.  Na abertura,  Domingos Leonelli, que presidiu pela primeira vez o evento, convidou a todos os presentes a "aproveitar esse bom momento para o turismo baiano, quando o Governo do Estado tem boa articulação com o Governo Federal, pois todos conhecem a estreita relação política do governador Jaques Wagner com o presidente Lula e com a ministra do Turismo, Marta Suplicy".


   Em seguida, fez uma exposição do plano de trabalho que pretende desenvolver, depois de ter recebido do governo passado heranças positivas e negativas, registrando que a Bahia continua referência nacional no setor turístico. "Agora dentro de um ciclo de articulação positiva, temos também na Comissão de Turismo da Câmara Federal a deputada Lídice da Mata, representante das mais bem votadas em nosso Estado, e no Ministério de Relações Institucionais o ministro Mares Guia, um amigo da Bahia".


BOAS PERSPECTIVAS


   Diretora de Planejamento e Avaliação de Projetos do Ministério do Turismo, Anya Ribeiro detalhou o funcionamento do Sistema Nacional de Turismo e mostrou a importância do Fórum como instrumento de descentralização da administração federal, discorrendo sobre onde buscar recursos para empreendimentos turísticos, mas alertou: " Os eventos só terão apoio do Ministério do Turismo quando tiverem caráter nacional, podendo assim atrair turistas de todo o país. Os simplesmente locais não serão contemplados.

   O Fórum vai validar ações,  projetos e articulações para que o governo não esteja só,  mas dentro de um desenvolvimento participativo. E esse modelo estadual, com características regionais, exige que todos os que o integram exerçam papel de ator, não de mero espectador", assinalou. A presidente da Bahiatursa, Emília Silva, destacou a importância do Fórum para o desenvolvimento do turismo baiano, revelando que o papel da Bahiatursa agora será de uma agência de promoção e divulgação do destino Bahia.


LACUNAS


  Antes de encerrar a reunião, o secretário Domingos Leonelli  discorreu sobre  deficiências infra-estruturais, macro-objetivos, atração e qualificação de fluxos, enfatizando que apesar de a Bahia ser  uma referência nacional e possuir  um quadro de funcionários competente contemplando todos os setores há ainda lacunas que precisam ser revistas, notadamente no setor hoteleiro onde os empreendimentos precisam ser repensados  para que  possam trazer benefícios às comunidades.

  Para o Secretário, não é concebível que se repitam os mesmos erros verificados em empreendimentos implantados nos municípios de Porto Seguro, Morro de São Paulo e Litoral Norte, que até cestas de consumo desses hotéis venham de outras localidades.

Salientou ainda que a utilização desordenada do uso do solo para implantação desses empreendimentos vem provocando problemas ambientais, sociais e de ordem administrativa para os municípios.

   Leonelli afirmou, também, a necessidade de uma fiscalização permanente da Setur para acompanhar os programas de qualificação e os projetos, garantindo que vai fortalecer o Qualitur, visando a uma marca de gestão do governo integrado ao Programa de Empresa Competitiva da Bahia. Outro problema que considerou grave é a falta de indicadores e de estatísticas confiáveis para que possa subsidiar uma política turística. "É estranho que fomos pioneiros na realização desses levantamentos e hoje temos quase dois anos sem processamento das fichas sobre o fluxo turístico de Salvador.


   Nesse sentido, o secretário informou que a Setur introduzirá um novo sistema de construção de índice pela Organização Mundial de Turismo (OMT), a "conta satélite", que permitirá grande avanço e uma estratégia de planejamento mais segura e confiável. Finalmente, ele mostrou aos participantes os macros objetivos de sua administração, destacando a qualificação de atração de investimentos em função do seu efeito multiplicador, interiorização do turismo no estado, qualificação de mão-de-obra para o setor turístico, criação de novos roteiros turísticos e a efetivação dos roteiros não desenvolvidos; apoio às festas populares, desenvolvimento de projetos para a Baía de Todos os Santos, Chapada Diamantina, Rio São Francisco (rio e lago), criação da Câmara de Turismo; campanhas para promover o destino Bahia em 29 eventos nacionais e 20 internacionais, além da criação de novos vôos diretos para Salvador. Em relação à infra-estrutura, Domingos Leonelli adiantou que dentro de dois anos o aeroporto de Salvador necessitará de uma nova pista. Ilhéus e Porto Seguro deverão ganhar um novo  aeroporto  em nova localização. Também mostrou a necessidade de melhorias nos portos  e terminais rodoviários, na malha rodoviária e no saneamento.


   Ao final, ele sugeriu que as reuniões do Fórum Estadual de Turismo passem a ser bimestrais, em vez de trimestrais, por entender que o volume de projetos deverá crescer. Sugeriu também a criação de uma Câmara Técnica para analisar com maior critério os projetos, para que, segundo ele, não venha a ocorrer o mesmo do ano passado, quando de 47 projetos convalidados pelo Fórum, apenas seis foram aprovados pelo Ministério do Turismo. O Fórum deverá reunir-se excepcionalmente no próximo mês para tomada de decisões adiadas no encontro recente.



Jorge Lindsay

Ascom / SETUR