De 21 a 25 de outubro Salvador foi o centro da animação, dos games e das novas linguagens digitais com a realização do VII Animaí – Festival Baiano de Animação e Games, um dos maiores eventos do país dedicados à cultura digital. Com programação totalmente gratuita, o festival movimentou a cidade com mostras, oficinas, painéis, encontros de mercado, exposições e atrações culturais, reunindo criadoras(es), produtoras(es), pesquisadoras(es) e público em uma verdadeira celebração da criatividade e da tecnologia.

A cerimônia de premiação e festa de encerramento (Workchopp), realizada no sábado à noite (25), coroou cinco dias de intensa programação distribuída entre o Cine Glauber Rocha, Espaço Cultural da Barroquinha, Café Teatro Nilda Spencer e Escolab Subúrbio 360. O público conferiu obras inéditas, experiências imersivas e debates que reafirmaram o vigor e a diversidade da produção baiana, nacional e internacional.

Mostras Competitivas e o talento em destaque

Na categoria Séries, o prêmio de Melhor Série foi para Mytikah - O livro dos heróis (2ª temporada), de Hygor Amorim (SP), enquanto a produção baiana Pé e Cabeça, de José Araripe Jr., recebeu Menção Honrosa.

Entre os longas-metragens, o destaque ficou para Abá e sua banda, de Humberto Avelar (SP), eleito Melhor Longa.

Na categoria Curtas, o pernambucano Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda e equipe, conquistou o prêmio de Melhor Curta Nacional. O título de Melhor Curta Baiano ficou com Tsuru, de Pedro Anias, que também levou o Prêmio Origem Animaí, reafirmando sua força poética e técnica.

O Prêmio Diversidade na Animação destacou Como Nasce Um Rio, de Luma Flôres (BA), e Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA), reconhecendo obras que ampliam a representatividade nas telas.

Menções honrosas foram concedidas a Caó Cruz Alves, pelo conjunto da obra; Hacker Leonilia, de Gustavo Fontele Dourado (DF); O Medo Tá Foda, de Esaú Pereira (CE); UMASSUMA – Lascas de Memórias, de Guaracy Britto Jr. e Andrei Miralha (PA); Posso Contar Nos Dedos, de Victória Kaminski (RS); e A Pior Dor que Há, de Ana Clara M. Lucena (DF), pela direção de arte.

Games mostraram inovação e identidade digital

Entre os games, Shadow Sacrament foi o grande vencedor da noite, arrebatando três prêmios:

•          Melhor Jogo, por sua atmosfera sombria e narrativa envolvente;

•          Melhor Áudio, pela trilha sonora e efeitos imersivos;

•          Melhor Arte, pelo impacto visual e refinamento estético.

O título de Melhor Design foi para Crow Boss, que se destacou pela excelência em seu gameplay e execução técnica.

O jogo AOKAKI conquistou o prêmio de Melhor Jogo Baiano, celebrando o talento local com seu estilo retrô, ritmo acelerado e identidade visual marcante.

A cerimônia também reconheceu nomes que estão moldando o futuro do setor:

•          Gabriel Damião recebeu o prêmio Game Desenvolvedor Negro, por sua representatividade e inovação;

•          Pedro Henrique Amaro Ferreira Lacerda foi eleito Jovem Realizador, pela visão criativa e energia transformadora;

•          Angela Mendonça Alves Vieira recebeu o prêmio Game Desenvolvedora Mulher, em reconhecimento à sua trajetória inspiradora e contribuição para a presença feminina na indústria.

Celebração da cultura digital

O VII Animaí – Festival Baiano de Animação e Games reafirma Salvador como polo de inovação e cultura digital, valorizando a produção independente e o protagonismo de novas vozes no audiovisual e nos games brasileiros.

O evento é realizado pela Vision, com co-produção da Cine Arts e Mantra, e foi contemplado pelo edital Gregórios Ano IV, com recursos da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Prefeitura de Salvador, e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) — Ministério da Cultura, Governo Federal. Conta ainda com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).

O Animaí 2025 encerrou sua sétima edição celebrando talentos, premiando a diversidade e reforçando o papel da Bahia como referência na cultura digital brasileira.